Cerco fechado ao transporte clandestino de passageiros em Belo Horizonte. Em quatro dias de operações integradas para fiscalizar vans, carros particulares e outros veículos praticando transporte de passageiros sem autorização, já são 242 autuações somando multas pela ação dos perueiros e outras infrações diversas, o que dá uma média de 60 multas por dia desde que a operação foi lançada, na quinta-feira da semana passada, e conta com a atuação da Guarda Municipal, Polícia Militar, BHTrans e Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DEER/MG).
Hoje, a operação entrou no quinto dia e, segundo o inspetor João Marinho, da Guarda Municipal, há uma preocupação especial com o quadrado formado pelas ruas Tupinambás, Rio Grande do Sul, Carijós e Avenida Olegário Maciel, ponto onde a quantidade de vans mais desafia o poder público.
"Nós temos a presença dos agentes nessa região para inibir o transporte e abordagens volantes com motocicletas nos itinerários para flagrar o transporte acontecendo", diz o inspetor.
No cruzamento da Avenida do Contorno com a Tereza Cristina duas vans que se dirigiam ao ponto principal (vídeo acima) da operação foram abordadas e multadas, sendo uma que veio de Sete Lagoas (Região Central) e outra de Ribeirão das Neves (Grande BH). A abordagem foi feita no momento em que os veículos estavam cheios de passageiros.
No último domingo, o Estado de Minas mostrou que esse tipo de transporte tem se espalhado recentemente em Belo Horizonte, com predomínio exatamente nessa região onde a operação se concentrou nos últimos cinco dias. Entre 20 e 26 de junho a reportagem flagrou várias vans parando, estacionando, abordando, embarcando e desembarcando passageiros.
Com o lançamento da operação, o movimento de vans praticamente sumiu, mas alguns perueiros ainda foram vistos na manhã de hoje com vans paradas em estacionamentos ou na rua mesmo, sem muita preocupação. Como o transporte clandestino só se configura com os veículos cheios, mesmo tendo certeza que são perueiros, a fiscalização não pode atuar.
Em um dos casos, guardas municipais identificaram uma van com registro de 36 autuações pelo transporte clandestino. Apesar da certeza de que o veículo está a serviço de perueiros, não foi possível multá-la sem o flagrante dos passageiros.