A Polícia Civil precisou conduzir para o Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), nesta quinta-feira, o proprietário da boate Jolie!, no Bairro Itapoã, na Região da Pampulha, por tentar obstruir as investigações dos policiais. Os agentes apuram o tiroteio na madrugada da última segunda-feira, que deixou um morto e seis feridos, sendo que uma delas está em estado grave e outra deverá receber alta nesta sexta-feira. Três pessoas foram presas, ainda na segunda-feira, suspeitas de participação no crime.
Os policiais buscavam evidências sobre o que teria ocorrido, de fato, na madrugada de segunda-feira. Tudo teria começado, como mostra o vídeo, quando Pedro Henrique Vítor Silva, de 20 anos, atirou diversas vezes, com uma pistola 380 milímetros, em várias pessoas na porta da boate.
Entre as seis pessoas atingidas, estava um policial militar, que já teria deixado o estabelecimento no começo do tiroteio. Ele revidou e também levou dois tiros. O motivo da briga no interior da boate ainda é investigado. Pedro Henrique também tinha passagem na polícia por tráfico de drogas.
Ainda na tarde desta quinta-feira, o homem foi ouvido pela Polícia Civil e liberado. As imagens já estão em poder da corporação, que seguirá investigando o que teria ocasionado o tiroteio na porta da boate.
Por meio de nota enviada na manhã de sexta-feira (6), a boate Jolie! alegou que não houve ofensa à testemunha e que o proprietário tenha se recusado a entregar as imagens. Leia na íntegra:
"A boate Jolie, por meio de seu proprietário Jocimar Tomaz, prestou na tarde de ontem esclarecimentos no que diz respeito ao ocorrido em sua porta na madrugada da última segunda-feira. Todas as imagens do circuito de segurança da casa foram disponibilizadas à justiça e os responsáveis estão colaborando com as investigações. O encaminhamento à delegacia se deu, como de praxe, para que fossem colhidos depoimentos e ouvidos funcionários e representantes do estabelecimento. Não houve ofensa à testemunha e muito menos a Jolie se negou em entregar as imagens; elas estão com a polícia desde que tudo aconteceu. Não só de posse dos investigadores, bem como da imprensa e sociedade de modo geral.
Para o estabelecimento, é de extrema importância que todos tenham conhecimento que o conflito aconteceu fora de suas dependências, como visto, mas que é do interesse do mesmo que as investigações permaneçam sem interrupções e o desfecho desta história se dê o mais breve possível, de preferência, preservando a integridade das vítimas deste episódio."
(*Estagiário sob supervisão da subeditora Ellen Cristie. Colaborou Cristiane Silva)