Jornal Estado de Minas

Empresário que matou namorado da ex poderá ser julgado por júri popular

Poderá ser julgado por júri popular o empresário Antônio Azevedo dos Santos, de 47 anos, preso em agosto do ano passado por matar o namorado da ex-companheira em setembro de 2016, na Região da Pampulha. De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), em sentença publicada em junho deste ano pela juíza Paula Murça Machado Rocha Moura, do 1º Tribunal do Júri de Belo Horizonte, se mantida a decisão, o caso poderá ser julgado pelo povo.



O crime que chocou moradores da capital mineira é atribuído ao ciúme possessivo do empresário. As investigações apontaram que Antônio planejou o homicídio. Segundo a polícia, ele estava seguindo para Nova Serrana, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais, com os filhos, quando viu, pelo celular, a ex-mulher chegando com o namorado ao prédio, no Bairro Jardim Atlântico. Como já tinha sido síndico do edifício, ele tinha acesso às imagens das câmeras de segurança.

Segundo a magistrada, os indícios apontam que o crime foi cometido por motivo torpe, isto é, "moralmente reprovável", e que dificultou a defesa das vítimas, já que elas foram surpreendidas pelo homem enquanto dormiam. A sentença de pronúncia manteve ainda a prisão preventiva do acusado.

Relembre o caso


No ano passado, as investigações apontavam que o empresário chegou ao prédio por volta das 4h. Como já conhecia a rotina e a localização dos equipamentos de segurança, desligou as câmeras e foi até a área privativa que dá acesso ao apartamento da ex-mulher. Ainda de acordo com as apurações, usando ferramentas que levou ao local, cortou a rede que cercava a área.



Em depoimento, a ex-mulher contou que estava dormindo com o namorado, Guilherme Elias Veisac, de 32, quando Antônio chegou ao apartamento. A vítima disse que ele apontava uma arma e a ameaçava de morte.

Guilherme teria tentado acalmá-lo, quando foi atingido por um disparo. Antes de ir embora, segundo as investigações, o suspeito ameaçou a ex-mulher, dizendo que isso aconteceria com todos os homens com quem ela se relacionasse, e que ele não a mataria por enquanto. Na fuga, levou os celulares que estavam no apartamento e o telefone fixo.

* Estagiário sob supervisão da Liliane Corrêa

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