Assim como o sol deu uma trégua, a animação na Praça da Savassi, Região Centro-Sul da capital, também esfriou. Teve quem deixou as grades, bem próximas ao telão, antes do fim do primeiro tempo. Agora, haja abraços e unhas para roer para encarar a volta do jogo em campo.
Ao mesmo tempo, as saídas deram entrada para outros torcedores que aguardavam do lado de fora da grade. Cerca de 2 mil pessoas acompanham o jogo no quarteirão fechado entre a Rua Paraíba e a Avenida Getúlio Vargas. Muita gente também assiste ao embate do lado de fora, já que não é mais permitida a entrada de pessoas no espaço.
Entre quem preferiu ir para casa, está a senhora Maria Helena Pereira Pedras, de 81 anos, que assistiu a todos os jogos na area reservada. "Estou triste. Nao acho que o Brasil conseguirá ir para frente", disse, atravessando a pé a Rua Alagoas, rumo à sua casa, no Centro.
A filha Sonia Pedras, de 54, que ha 28 anos mora na Suíça - seleçao ja eliminada da Copa.
Tristeza de uns, alegria de outros
Por outro lado, no Bar Albanos, na Rua Rio de Janeiro, belgas festejam o triunfo parcial. Torcedores comemoram a boa exibição daquela que é considerada a melhor geração de futebolistas da história do país europeu.
A belga Audrey Saenen, de 27 anos, saiu da Savassi para se juntar à comunidade belga que mora em BH em um bar no Bairro Lourdes. De blusa vermelha e com a blusa do Brasil pendurada no pescoço, ela nao esconde a alegria, mesmo torcendo para os dois times. "Fico triste de ver a decepção das pessoas, mas, ao mesmo tempo, é um orgulho. As pessoas estavam falando em 3 a 0 para o Brasil antes do jogo e a Belgica esta ganhando", analisou.
Os gols foram marcados por Fernandinho (contra), aos 13 minutos, e pelo meio-campista Kevin De Bruyne, aos 31. Já o mineiro Eduardo Oliveira conta que morou na Bélgica e, por isso, está torcendo por eles no jogo contra o Brasil.