A comunidade e apoiadores da causa LGBT se concentram na Praça da Estação, desde às 11h deste domingo, em prol da 21ª Parada do Orgulho LGBT. De acordo com a organização do evento, a expectativa é que 80 mil pessoas saiam pelas ruas da capital.
Na versão do CELLOS/MG, a comunidade LGBT passa por um momento de perda de direitos. “Nós, LGBT, estamos inseridos na sociedade e a mudança conjuntural que vivenciamos nos dois últimos anos tem impacto negativo direto na vida das LGBT. Aumentou a intolerância, índices de violência e morte cada vez mais altos, enfim, os direitos das LGBT estão sob ameaça e grave risco de extinção”, destaca o presidente do órgão.
Presente ao evento desde seu início, a transexeual Rhany da Silva Mercês, de 32 anos, analisa o espaço como uma oportunidade para se discutir ações voltadas ao combate da LGBTfobia. Ela acompanha o posicionamento de Azilton Viana. "Eu sou mulher, negra e transexual, então a gente precisa se unir. A gente vem se fortalecendo para que essa população não sofra violência, como o racismo, o machismo e a LGTBfobia", diz.
Segundo ela, a principal luta da classe, no momento, é pela criminalização da discriminação. "É um sonho para gente (a criminalização). O Brasil é o país onde mais se mata transexual no mundo. Não apenas se mata, mas se mutila e se destrói o corpo da vítima, pois são crimes de ódio. Além disso, gostaria que os estados criassem os conselhos LGBT, para fortalecer ainda mais as políticas públicas", avalia.
A Parada do Orgulho LGBT de Belo Horizonte é a segunda maior do país. Neste ano, o evento se organiza sob o lema "Mais Democracia e Mais Direitos Humanos: esse é o Brasil que queremos para as LGBT!".
Desde 28 de junho, data em que se celebra o Dia Internacional do Orgulho LGBT, uma série de projetos se desenvolvem na capital. A programação segue as diretrizes da 5ª Jornada pela Cidadania LGBT. A lista completa e todas as informações podem ser vistas no site do CELLOS/MG (clique aqui).