Cerca de 100 mil pessoas participaram na noite deste domingo da 21º Parada do Orgulho LGBT de Belo Horizonte que, depois de concentração durante a tarde na Praça Rui Barbosa (Estação), seguiu pela Avenida Amazonas e chegou à Praça Raul Soares, onde será encerrado o evento. O trânsito na área central sofreu reflexo devido ao fechamento de vias para a passagem dos manifestantes, mas já começa retomar à normalidade, exceto na área do Barro Preto.
A cidade ganhou um colorido especial, principalmente, pelas caracterizações do público LGBT, além da alegria contagiante, de um evento embalado por ritmos musicais variados e performances artísticas. Mas o clima não foi só de festa, já que o objetivo maior da parada é conscientização sobre os direitos dos homossexuais.
“Aqui não é Carnaval, não é Banda Mole. É uma manifestação em defesa dos direitos LGBT”, constatou o artista da noite Mateus Diniz, de 21 anos, a drag queen “Elektra”. Integrante do grupo “magic fantasy”, bastante requisitada para fotos por sua fantasia, Elektra ressaltou sua preocupação de que o encontro seja entendido apenas como uma festa. “Estamos aqui num ato de empoderamento em BH. Pelo respeito aos direitos do público LGBT, que ainda é alvo de violência no país, que um dos que mais mata homossexuais”, destacou.
Não diferente, o enfermeiro Weldson Merquides, de 30, também se demonstrou afinado com o discurso ativista. “Esse evento representa a liberdade. A liberdade das pessoas optarem, em meio a uma sociedade. Muito se conquistou, mas ainda há preconceitos e por isso estamos aqui, ocupando espaço para que não haja retrocessos”.
A cuidadora de idosos Rosilene Souza, de 48, que se posiciona como simpatizante, era pura empolgação. “Amo esse povo, pela alegria como vivem. Eu insistia com minha sobrinha para me trazer na parada e dessa vez vim com minha filha. Quero participar da próxima, pois entendo que é uma manifestação em defesa da igualdade”, assinalou Rosilene.
A sobrinha dela, a radiologista Glaucimeire Souza, de 30, que foi com a namorada no evento, destacou a importância do público LGBT de reforçar suas posições sociais. “Essa manifestação é um tapa na cara dos belo-horizontinos. Estamos gritando para que respeitem nossos direitos, dizendo não ao preconceito. Eu estou aqui para dizer que existo e que me respeitem”, disparou.
Azilton Viana, presidente do Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual de Minas Gerais (Cellos/MG), uma das entidades organizadoras da parada, calcula que cerca de 100 mil pessoas compareceram ao evento. “Estamos vendo um crescimento de uns 20% em relação ao ano anterior, que teve 80 mil pessoas. Mais do que o crescimento de público aqui, temos inspirado manifestações do tipo no interior do estado. Hoje já são 17 cidades que realizam a parada. Toda essa mobilização reflete a militância. E estamos aqui para um diálogo com a sociedade, pela manutenção dos direitos LGBT”.
Prefeito diz que "preconceito é nojento"
O prefeito Alexandre Kalil (PHS) mais uma vez prestigiou a manifestação. “É uma festa que tem que ser cuidada pelo poder público. Uma festa de cidadãos que pagam imposto e têm que ser respeitados por isso. A cidade é de todos! Todos são proprietários da cidade”, disse Kalil, reagindo aos críticos que condenaram o apoio da PBH ao evento. “Não tem nada mais nojento do que o preconceito”, completou.
A primeira parada de Belo Horizonte, em 1997, ainda conhecida como Parada do Orgulho Gay, foi realizada pela Associação Lésbica de Minas (ALÉM), em reivindicação ao reconhecimento à diversidade sexual de gênero, além do respeito aos direitos humanos.
Este ano, o movimento tem como tema “Mais democracia e mais direitos humanos: esse é o Brasil que queremos para as pessoas LGBT”. O trajeto é o mesmo de outros anos, com concentração no fim da manhã na Praça da Estação, onde foi montado o palco para os shows e atos políticos. Após as apresentações e manifestações no local, a parada seguiu pela Avenida Amazonas em direção à Praça Sete, até que chegou no começo da noite na Praça Raul Soares, próximo ao Barro Preto, onde o desfile termina.
A cidade ganhou um colorido especial, principalmente, pelas caracterizações do público LGBT, além da alegria contagiante, de um evento embalado por ritmos musicais variados e performances artísticas. Mas o clima não foi só de festa, já que o objetivo maior da parada é conscientização sobre os direitos dos homossexuais.
“Aqui não é Carnaval, não é Banda Mole. É uma manifestação em defesa dos direitos LGBT”, constatou o artista da noite Mateus Diniz, de 21 anos, a drag queen “Elektra”. Integrante do grupo “magic fantasy”, bastante requisitada para fotos por sua fantasia, Elektra ressaltou sua preocupação de que o encontro seja entendido apenas como uma festa. “Estamos aqui num ato de empoderamento em BH. Pelo respeito aos direitos do público LGBT, que ainda é alvo de violência no país, que um dos que mais mata homossexuais”, destacou.
Não diferente, o enfermeiro Weldson Merquides, de 30, também se demonstrou afinado com o discurso ativista. “Esse evento representa a liberdade. A liberdade das pessoas optarem, em meio a uma sociedade. Muito se conquistou, mas ainda há preconceitos e por isso estamos aqui, ocupando espaço para que não haja retrocessos”.
A cuidadora de idosos Rosilene Souza, de 48, que se posiciona como simpatizante, era pura empolgação. “Amo esse povo, pela alegria como vivem. Eu insistia com minha sobrinha para me trazer na parada e dessa vez vim com minha filha. Quero participar da próxima, pois entendo que é uma manifestação em defesa da igualdade”, assinalou Rosilene.
A sobrinha dela, a radiologista Glaucimeire Souza, de 30, que foi com a namorada no evento, destacou a importância do público LGBT de reforçar suas posições sociais. “Essa manifestação é um tapa na cara dos belo-horizontinos. Estamos gritando para que respeitem nossos direitos, dizendo não ao preconceito. Eu estou aqui para dizer que existo e que me respeitem”, disparou.
Azilton Viana, presidente do Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual de Minas Gerais (Cellos/MG), uma das entidades organizadoras da parada, calcula que cerca de 100 mil pessoas compareceram ao evento. “Estamos vendo um crescimento de uns 20% em relação ao ano anterior, que teve 80 mil pessoas. Mais do que o crescimento de público aqui, temos inspirado manifestações do tipo no interior do estado. Hoje já são 17 cidades que realizam a parada. Toda essa mobilização reflete a militância. E estamos aqui para um diálogo com a sociedade, pela manutenção dos direitos LGBT”.
Prefeito diz que "preconceito é nojento"
O prefeito Alexandre Kalil (PHS) mais uma vez prestigiou a manifestação. “É uma festa que tem que ser cuidada pelo poder público. Uma festa de cidadãos que pagam imposto e têm que ser respeitados por isso. A cidade é de todos! Todos são proprietários da cidade”, disse Kalil, reagindo aos críticos que condenaram o apoio da PBH ao evento. “Não tem nada mais nojento do que o preconceito”, completou.
A primeira parada de Belo Horizonte, em 1997, ainda conhecida como Parada do Orgulho Gay, foi realizada pela Associação Lésbica de Minas (ALÉM), em reivindicação ao reconhecimento à diversidade sexual de gênero, além do respeito aos direitos humanos.
Este ano, o movimento tem como tema “Mais democracia e mais direitos humanos: esse é o Brasil que queremos para as pessoas LGBT”. O trajeto é o mesmo de outros anos, com concentração no fim da manhã na Praça da Estação, onde foi montado o palco para os shows e atos políticos. Após as apresentações e manifestações no local, a parada seguiu pela Avenida Amazonas em direção à Praça Sete, até que chegou no começo da noite na Praça Raul Soares, próximo ao Barro Preto, onde o desfile termina.