Um motorista abriu uma denúncia na Corregedoria da Polícia Civil acusando dois policiais de agressão após uma suposta discussão de trânsito na BR-040, no trevo de Congonhas, Região Central de Minas Gerais. Uma testemunha filmou a ação, que ocorreu na manhã desta quarta-feira. A vítima alega que não haviam motivos para a prisão e que os policiais agiram com truculência. Já a Polícia Civil acusa o motorista de direção perigosa e diz que, por isso, ele foi abordado.
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Sindicalista denuncia agressão de policiais em BHPoliciais suspeitos de agressão em Governador ValadaresMister Juiz de Fora perde título depois de ser denunciado por agressão à ex-namoradaSeis das 10 BRs que mais mataram em 10 anos no Brasil passam por MinasNa versão de Frederico, a ação dos policiais foi arbitrária. "Não aconteceu nada. Não teve 'freiada', não teve buzina e muito menos batida. O policial já pediu para eu sair do carro com 'as mãos na cabeça'. Eu não entendi o motivo, mas desci e logo o questionei. Ele disse: 'eu vou atirar' e eu respondi: 'então atire'. Foi então que ele ficou ainda mais bravo e disse que eu estava preso", relata.
A Polícia Civil (PC) disse, por meio de sua asessoria de imprensa, que "os policiais estavam a caminho de Belo Horizonte em uma diligência, quando avistaram o motorista fazendo zigue-zague na rodovia e ultrapassagem perigosa em local proibido. A partir daí, foi efetuada a abordagem e acionada a Polícia Militar (PM) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
O motorista classificou o ocorrido como uma humilhante covardia. "Foi uma ação totalmente arbitrária e covarde. Todos no local estavam a meu favor. Ele me bateu, quebrou meu telefone, rasgou minha roupa", desabafa. Ele alega ter resistido à prisão por não haver motivos e chegou a entrar em luta corporal com o policial.
Ainda de acordo com Frederico, uma viatura da PM chegou ao local e o colocou, algemado, no camburão até a chegada da PRF. "Eles me colocaram na viatura e fiquei quase duas horas lá, sem poder falar uma palavra", contou. O comerciante ainda afirma que nenhuma autoridade registrou boletim de ocorrência, e que a PRF decidiu liberá-lo quando ele pediu para ser levado à delegacia. "A Polícia Rodoviária Federal foi chamada para dar continuidade à ocorrência. Até então, eu ainda não sabia o motivo da minha prisão. Em seguida, a Polícia Civil foi embora e a PRF me liberou.
"Eu sou uma pessoa da paz, foi muito vergonhoso passar por aquilo. Agora, estou todo machucado", afirma Frederico. Após o ocorrido, ele decidiu denunciar o caso à Corregedoria da Polícia Civil. Ainda segundo a PC, a denúncia foi formalizada na Corregedoria e o caso será investigado..