Uma das maiores polêmicas da gastronomia mundial ganhou um novo capítulo em Belo Horizonte. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) autorizou que restaurantes da capital voltem a servir a iguaria francesa foie gras (fígado gordo, em francês). A comercialização era proibida desde 22 de dezembro de 2016, quando a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), por meio do decreto de lei 11.008, proibiu a produção e venda do produto em estabelecimentos.
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De acordo com o texto sancionado pela PBH quem não obedecesse a lei estaria sujeito a multa de R$ 5 mil. Em caso de reincidência, a quantia seria dobra, porém sem apreensão do produto.
A polêmica acerca do foie gras gira em torno do seu processo de produção. A partir da técnica gavage, os fornecedores alimentam aves, como ganso, marreco e pato, diretamente no esôfogo e forçadamente, a partir de tubos de cerca de 20 a 30 centímetros. Com isso, os fígados desses animais ficam mais gordos nas semanas anteriores ao abate, o que torna o prato ainda mais saboroso.
Diante disso, organizações protetoras dos animais protestam contra os produtores e condenam o consumo do foie gras. Entre as principais manifestações está o movimento “Stop Gavage”, da ONG francesa L214. O manifesto se baseia em recomendações do Conselho da União Europeia.
Essas diretrizes ressaltam que a produção do alimento causa “lesões, angústia ou doença nos patos (e nos gansos) ou que podem levar ao desenvolvimento de condições físicas e fisiológicas que prejudicam a sua saúde e o bem-estar”.
Com informações da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel)
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