Policiais civis de Juiz de Fora, na Zona da Mata, investigam as circunstâncias da morte de um idoso, de 80 anos, diante das suspeitas de que o cuidador dele e uma jornalista teriam forjado um testamento para se beneficiar dos bens dele, que supera os R$ 10 milhões. O delegado que apura o caso já pediu a exumação do corpo, enterrado em maio deste ano sem que fosse encaminhado para a perícia do Instituto Médico Legal.
De acordo com os levantamentos policiais, o testamento foi assinado em 11 de maio e o idoso veio a falecer dois dias depois. Sem que parentes distantes fossem informados de sua morte, o homem foi enterrado em um cemitério da cidade no mesmo dia, com atestado de óbito por causas naturais, assinado por um médico que não era o seu.
Dias depois, uma sobrinha do idoso foi visitá-lo e se surpreendeu com sua morte, quase um mês antes. Os parentes distante então denunciaram o caso e os envolvidos já foram ouvidos e caíram em contradição em seus depoimentos.
Em mandado de busca cumprido no imóvel da jornalista, foram apreendidos notebook, aparelho de telefone e certa quantia em dinheiro. Na conta do idoso foram identificados alguns saques de quantias altas. Os parentes já pediram à Justiça a suspensão do testamento.