O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MG), Willian dos Santos, denunciou às autoridades que servidores das unidades prisionais estariam fazendo "corredor polonês" com os detentos – forma de castigo físico em que um indivíduo deve passar correndo entre duas fileiras de pessoas que o agridem – nas unidades prisionais de Bicas 1 e de Bicas 2, na cidade de São Joaquim de Bicas, na Região Metropolitana de BH.
Ainda segundo a denúncia, tais praticas acontecem durante à noite, "sem alguma motivação e ao arrepio da lei", contrárias e sem conhecimento da diretoria local e nem das demais autoridades.
Caso a denúncia seja confirmada, o "corredor polonês" caracteriza-se como "crime de tortura e crime este contra a vida, de gravidade relevante, cruel, imprescritível e inafiançável."
Assim, requer das autoridades a abertura de investigações, identificando vitimas e autores. Também foi recomendando, por meio do documento, uma campanha de conscientização para orientar e reeducar as pessoas que operam no sistema prisional.
O documento, enviado nessa sexta-feira, foi destinado ao Secretário Adjunto da Seap (Washington Clarck dos Santos), Ouvidor da Policia Civil, Militar e Corpo de Bombeiros (Paulo Vaz Alckimin), Ouvidor do Sistema Prisional do Estado de Minas Gerais, além de uma juíza e um promotor da Comarca de Igarapé.
A Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap) informou, por meio de nota, que os fatos trazidos pela Comissão de Direitos Humanos da OAB/MG, por meio do seu presidente, Willian Santos, sofrerão o crivo do devido processo legal, como apuração pormenorizada e, caso haja a comprovação dos fatos, a responsabilização dos seus autores.