Apesar de o período chuvoso ter passado e a transmissão de doenças pelo mosquito Aedes aegypti ser menor no inverno, a dengue continua fazendo vítimas em Minas Gerais. Dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), divulgados nesta segunda-feira, mostram um aumento nos casos prováveis da doença em comparação com o mês passado. A média é de 124 casos a cada dia. Apesar disso, os números ainda são os menores dos últimos seis anos.
O número de pacientes prováveis de dengue teve um aumento de 184 casos desde o relatório da semana passada, saltando de 22.717 para 22.901 no acumulado do ano. Já o total de mortes pela doença se mantém estável, com cinco óbitos confirmados em municípios do Centro-Oeste, Triângulo Mineiro e Região Metropolitana de Belo Horizonte. Já no ano passado, 15 óbitos por dengue foram confirmados, de acordo com a SES. Somente na Região Central, cinco municípios tiveram casos: Capim Branco, Curvelo, Ibirité, Pedro Leopoldo e Ribeirão das Neves.
Ainda assim, o número de casos no estado é positivo na comparação aos anos anteriores, mas também demonstram que Minas tem um elevado índice de contágio. Em junho, foram 1.926 casos da doença, ou seja, um aumento de quase 33%, já que no mesmo mês do ano passado foram registrados 1.446 casos. Apesar do aumento considerável, os casos prováveis de dengue neste ano continuam sendo os menores dos últimos seis anos, considerando os seis primeiros meses.
Já os registros de chikungunya cresceram 35% desde o último balanço divulgado. Os números de casos prováveis subiram de 9.678 para 10.051, sendo que não há óbito confirmado. Duas mortes estão em investigação como possíveis casos da doença. Em 2017, 13 pessoas morreram de chikungunya – só em Governador Valadares, no Rio Doce, foram 10 óbitos; os outros foram em Central de Minas, Ipatinga e Teófilo Otoni. A média das idades foi de 75,7 anos, e 12 pessoas tinham mais de 65 anos.
Os números para zika são menores do que os das outras doenças provocadas pelo mosquito: alta de quase 4% em uma semana. Na semana passada, 191 casos foram relatados pela pasta, sendo que hoje o documento contém 200 casos prováveis. Destes, 51 eram gestantes. A maior incidência da doença é em Ipatinga, no Rio Doce, e Montes Claros, no Norte de Minas, ambas com oito gestantes. Já Coronel Fabriciano, também no Vale do Rio Doce, e Uberlândia, no Triângulo Mineiro, tiveram cinco gestantes registradas, cada uma. No ano passado, 748 casos foram registrados. Das 136 grávidas que estavam entre os casos prováveis, 74 receberam o diagnóstico confirmando a doença, que pode provocar malformação do cérebro.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Rachel Botelho