Foram necessários mais de 100 dias de obras, mais do que o dobro do previsto inicialmente, para que o trânsito fosse reaberto de forma completa na Avenida Professor Mário Werneck, principal via do Bairro Buritis, Oeste de Belo Horizonte. Iniciado em 2 de abril, o recapeamento da avenida era uma demanda antiga da população local e teve previsão inicial de 40 dias, reajustados para 60, que se estenderam até exatos 102 dias. A população comemorou a reabertura, mas, se por um lado, a volta do fluxo de veículos ao trajeto normal na avenida que corta o bairro representou alívio, por outro, ainda é necessário atuar em outras vias que absorveram o fluxo pesado da Mário Werneck e por isso acabaram se deteriorando. A Prefeitura de BH informou que vai fazer outros recapeamentos, o que mantém as máquinas no bairro por mais alguns dias.
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A Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura dividiu os trabalhos em duas etapas, fazendo primeiro o sentido bairro e depois a direção Centro. Para as duas fases, o desvio usado foi o mesmo, sempre jogando o trânsito de acesso ao bairro para as vias internas e mantendo o tráfego de saída na própria Mário Werneck, em metade da avenida. O primeiro prazo informado pela prefeitura à reportagem dava conta de 40 dias de obras, que foi reajustado para 60 e terminou com 102, de 2 de abril a 13 de julho. Algumas questões complicaram o andamento das obras, como interferências das redes de gás, fibra óptica, esgoto e fiação dos semáforos.
MAIS RECAPEAMENTOS Com a necessidade de fechar a Mário Werneck para recuperar o asfalto da avenida, vias internas do bairro acabaram absorvendo o fluxo e por isso ficaram deterioradas. “Temos muitas ruas esburacadas. Agora é a hora do recapeamento chegar até elas”, diz Braulio Lara, presidente da Associação dos Moradores do Bairro Buritis (ABB). Braulio recebeu da prefeitura a informação de que duas ruas serão recapeadas a partir de agora: Eli Seabra Filho e Professor Euclydes Ferreira. A prefeitura também forneceu a mesma informação à reportagem e destacou outros recapeamentos que já foram feitos em locais que serviram de desvio, como as ruas Tereza Mota Valadares, Vereador Washington Valfrido e Rubem Bernardo. Porém, Lara destacou que outros lugares precisam de atuação. “A Rua Cônsul Valter, por exemplo, tem um trecho esburacado de 50 metros que serviu de desvio.
De todas as vias citadas, uma das que estão em pior estado de conservação é a Euclydes Ferreira, onde o desgaste do
asfalto espalhou trincas por praticamente toda a extensão. Nesse ponto, cavaletes com placas de proibido estacionar já indicam que o local receberá obras em breve. O empresário Alex Amorim, de 39, espera que a situação melhore. “Aqui sempre tivemos problemas e nunca houve uma obra completa. Sempre foi só paliativo e por isso ficou desse jeito”, afirma. O motorista de aplicativo Thiago Sampaio, de 36, acrescenta que o tempo de degradação é muito rápido. “Eles arrumam e (a via) estraga de novo em menos de uma semana. Os ônibus do Move que passam por aqui são muito pesados e por isso tem que ser feito um bom recapeamento”, afirma.