Os ataques a ônibus continuam a desafiar as forças de segurança de Belo Horizonte e região metropolitana, mesmo após o anúncio de medidas para combater esse tipo de crime no fim de junho. Nos últimos três dias, foram pelo menos quatro ataques registrados. O último episódio ocorreu na segunda-feira, quando dois homens cercaram um ônibus da linha 615 (Estação Pampulha/Céu Azul), no Bairro Céu Azul, na Região de Venda Nova. Já são 15 coletivos incendiados de janeiro a julho na capital, segundo o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH). Duas carretas carregadas de minério também foram queimadas na madrugada de segunda-feira, em Betim, na Grande BH. Não houve feridos e ninguém foi preso nos dois casos.
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Duas carretas são incendiadas em Betim; veja vídeoÔnibus é queimado no Bairro Céu AzulSegundo ônibus é incendiado em Vespasiano em três diasPreso suspeito de atear fogo a ônibus em Belo HorizonteMotorista é primeira vítima de onda de ataques a ônibus na Grande BHCriminosos queimam ônibus com motorista dentro em Contagem Criminosos colocam fogo em ônibus no Anel RodoviárioA Setra-BH informou que a Estação Pampulha foi imediatamente fechada e os serviços paralisados entre as 23h e as 5h. O usuário fica prejudicado, mas o sindicato alega que é um horário com pouca circulação e que os empresários não podem arcar com o prejuízo da queima criminosa de ônibus, que chega a R$ 400 mil por coletivo.
A decisão pela paralisação das estações foi tomada após uma reunião entre o sindicato e as autoridades no fim do mês passado – entre o governador Fernando Pimentel (PT), o prefeito Alexandre Kalil (PHS), a PM e a Guarda Municipal. Entre as ações propostas estava um maior refino das informações que chegam ao Disque Denúncia.
GRANDE BH Somente neste ano, 19 veículos do sistema metropolitano foram queimados, de acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano (Sintram).
Em um dos casos, em Vespasiano, criminosos deixaram um bilhete com reclamações sobre os maus-tratos praticados durante visitas de familiares à Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH. Apesar da proximidade dos ataques, a Polícia Militar negou que haja qualquer conexão entre os fatos..