Moradores da Vila Ecológica e a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) deram fim a uma área de risco de desastre geológico na manhã desta quinta-feira. No Bairro Vila Ecológica, na Região do Barreiro, o Programa Estrutural em Área de Risco (PEAR) possibilitou a construção de um muro de 12 metros de extensão, que vai proteger três famílias da região, segundo a PBH.
O PEAR reúne técnicos da prefeitura, que fazem o estudo e o projeto. O Executivo municipal também doa os materiais de construção e fiscalizam as obras, que são feitas pelos próprios moradores. Os cidadãos da Vila Ecológica estavam expostos a enchentes e acidentes, uma vez que um barranco próximo já havia caído em direção a uma das casas.
Entre setembro de 2017 e fevereiro de 2018, foram feitas 800 visitas a áreas ameaçadas. Caso o cidadão tenha interesse em solicitar uma vistoria, a prefeitura disponibiliza o telefone 3277-6409. O grau de risco e as intervenções são definidos a partir da avaliação de engenheiros e geólogos.
Apesar dos avanços, há muito o que ser feito na capital quanto ao tema. Em estudo recente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (clique aqui e leia a matéria completa) mapeou 389.218 pessoas em áreas de risco em Belo Horizonte, o que representa 16,4% da população total. Elas estão distribuídas em 112.333 casas vulneráveis.
A capital mineira é a quarta no ranking das cidades (apenas as monitoradas pelo IBGE no estudo) com o maior número de população exposta ao risco. Com isso, BH está atrás somente de Salvador (BA), São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ), nesta ordem. Contudo, vale lembrar que a população elevada de Belo Horizonte contribui para os dados.
De acordo com a Coordenadoria de Defesa Civil de Belo Horizonte, foram registradas 4.563 ocorrências de acidentes durante o período de chuva 2017/2018. Contudo, o órgão ressaltou que a maioria delas se deu em propriedades privadas.