Jornal Estado de Minas

Reformas em centros de saúde de BH vão remediar infraestrutura precária

Para tentar minimizar os transtornos causados pela falta de infraestrutura para atendimento de saúde em Belo Horizonte, duas novas unidades de atenção básica foram entregues nessa sexta-feira na cidade. Uma delas ainda é provisória, mas substitui um posto cuja estrutura teve um desabamento que inviabilizou a presença da população no Bairro Serra Verde, na Região de Venda Nova. A outra está no Bairro São Luiz, na Pampulha, e vai atender com maior capacidade o público que já frequentava a unidade, porém em outro endereço. O prefeito Alexandre Kalil (PHS) disse que as reformas vão chegar a todos os 152 centros de saúde e o secretário de Saúde, Jackson Machado Pinto, destacou que metade dos postos têm infraestrutura inadequada ou precária. Kalil também defendeu a retirada com acolhimento dos moradores de rua da cidade e apontou que a matemática com base na auditoria é que vai definir os rumos do preço das passagens de ônibus em BH.


Kalil inaugurou ontem dois novos centros de saúde. O Serra Verde, no bairro de mesmo nome, em Venda Nova, ainda é temporário, apesar de as instalações se assemelharem a uma nova construção. Como parte da estrutura do antigo centro desabou, ele será totalmente reconstruído, mas a prefeitura ainda busca os R$ 3 milhões necessários. Enquanto isso, a população será atendida na unidade inaugurada ontem, que funciona ao lado da Cidade Administrativa, em um terreno cedido pelo governo do estado em que funciona a sede do Parque Estadual Serra Verde.


Além desse centro, a prefeitura também inaugurou outra unidade de atenção básica.

O Centro de Saúde Dom Orione sai da Avenida Expedicionário Benvindo Belém de Lima e vai para a orla da lagoa, no Bairro São Luiz. Nesse caso, a sede é definitiva e foi construída devido à falta de espaço no posto anterior. A população reclama que a nova unidade prejudica moradores da Vila Novo Ouro Preto, comunidade que demanda o atendimento do posto com frequência, por conta da falta de uma linha de ônibus que faça o trajeto até a nova unidade. “Eles disseram que o problema seria resolvido, mas até hoje nada”, diz a cozinheira Sílvia Lacerda, de 62 anos. O secretário Jackson Machado afirmou que o problema será resolvido com adequação de uma linha de ônibus que já trafega pela região.


Kalil garantiu que assim como as creches e casas de permanência para idosos, os centros de saúde de BH serão reformados. “Alguns não dão nem reforma, como era o caso do Serra Verde, que nós visitamos, que desmoronou de tanto abandono. Então temos que ir fazendo essas coisas que podemos fazer, mas eu volto a dizer o seguinte: o importante, o caro, o que representa para a população é o que está dentro do centro de saúde, que é gente especializada, gente dedicada e não podendo faltar material”, diz o prefeito.
Jackson Machado acrescentou que metade dos 152 centros de saúde de BH está em condições precárias ou tem instalações são inadequadas. Por isso, foi feito um estudo desde o início da gestão para resolver as questões mais urgentes até chegar a todos os problemas. “Em cima desse planejamento que foi feito, estamos priorizando o que vai ser reposto. Antes de construir novas unidades, vamos mudar as que são precárias para condições melhores”, afirma.

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