O administrador de empresas Gustavo Henrique Oliveira Bittencourt, motorista do carro que invadiu a contramão da Avenida Raja Gabaglia e atingiu o carro em que estava o comerciante Fernando Félix Paganelli, sofreu mais uma derrota na Justiça. Depois que foi condenado pelo júri popular a seis anos e três meses de prisão por homicídio com dolo eventual (quando não deseja o resultado, mas assume o risco), o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) negou o pedido da defesa de anulação do júri e aumentou a pena para sete anos e três meses de prisão em regime inicialmente semiaberto.
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Defesa vai recorrer de condenação de motorista que matou na Raja GabagliaJovem que matou comerciante na Raja é condenado a 6 anos e 3 mesesHomem que matou na contramão da Raja Gabaglia diz que não se lembra de nadaSegundo a denúncia apresentada pelo promotor Francisco de Assis Santiago, do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Gustavo estava em um motel na BR-356, no bairro Olhos D’água, na Região do Barreiro, aparentemente com um grupo com mulheres.
À época, Gustavo se recusou a soprar o bafômetro, mas seu exame clínico apontou que ele tinha sinais de ter ingerido bebida alcoólica. Ele fugiu do local no momento do acidente, se apresentou no dia seguinte e foi preso por cerca de dois meses, mas acabou beneficiado por uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e desde então aguardava o julgamento solto.
TRIBUNAL DO JÚRI Em fevereiro do ano passado, o Tribunal do Júri condenou o administrador Gustavo Bittencourt a seis anos e três meses de prisão. Os jurados – cinco mulheres e dois homens – reconheceram a tese do homicídio por dolo eventual, quando o autor assume o risco do acidente, embora não deseje o resultado. Os advogados de defesa recorreram ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). “A defesa estava querendo que não fosse considerado o dolo eventual.