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Estado de Minas

Treinamento em área de barragem em Congonhas atinge 8,3% das pessoas vulneráveis

Primeira parte do plano de evacuação em caso de rompimento da barragem Casa de Pedra, em Congonhas, será realizada no próximo domingo, mas alcança uma parcela muito pequena de quem está sujeito ao risco


postado em 22/07/2018 06:00 / atualizado em 22/07/2018 08:10

No simulado, moradores serão orientados a deixar suas residências e seguir até os locais de salvamento (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A PRESS %u2013 26/11/17 )
No simulado, moradores serão orientados a deixar suas residências e seguir até os locais de salvamento (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A PRESS %u2013 26/11/17 )

Menos de 10% das pessoas sujeitas aos impactos mortais em caso de um rompimento da barragem Casa de Pedra, em Congonhas, serão alvo do primeiro treinamento de evacuação planejado para o próximo domingo (29) pela Defesa Civil do município e a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), que opera o barramento. A informação é do secretário municipal de Meio Ambiente e porta-voz da Defesa Civil, Neylor Aarão. “A ideia é que esse treinamento seja feito por setores da comunidade, para que se possa ter uma maior eficiência. Esse tipo de trabalho é de aprimoramento constante. Então, sempre que se percebe um ponto que pode melhorar isso é apontado”, disse. Segundo Aarão, a previsão é de que, das mais de 4.800 pessoas vulneráveis, 400 pessoas (8,3%) recebam as instruções de como devem deixar suas residências para sobreviver em caso de um desastre. A CSN foi procurada, mas não se posicionou sobre o assunto. Já a Defesa Civil comunicou ao Conselho Municipal de Meio Ambiente (Codema) do município que o simulado se dará no domingo, às 8h30.

De acordo com o documento encaminhado ao Codema, o local de encontro será a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) do Bairro Dom Oscar, na Avenida Minas Gerais, um dos locais mais baixos e por isso mais sensíveis em caso de um rompimento. Esse ponto se estende a apenas 800 metros do Dique de Sela, uma das estruturas da barragem Casa de Pedra que apresentou infiltrações em novembro de 2016, quando leituras de técnicos da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam) constataram que o fator de estabilidade das ombreiras – apoios do maciço em morros – estava perigosamente abaixo do recomendado. Algo que trouxe pânico para a população do município, principalmente por ter sido constatado apenas um ano depois do rompimento da barragem do Fundão, em Mariana, que provocou a morte de 19 pessoas e arrasou a bacia hidrográfica do Rio Doce e o litoral brasileiro.

EM ETAPAS No simulado de domingo, as pessoas serão orientadas a deixar suas residências e a seguir caminhos preestabelecidos até locais de salvamento, os chamados Pontos Seguros. Nesses espaços receberão atendimento das equipes de socorro em caso de um rompimento. Essa é mais uma etapa do Plano de Emergência de Barragens, uma exigência do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) que foi estabelecida em maio de 2017 para barramentos como Casa de Pedra. Até o momento, duas etapas práticas foram cumpridas, com o acionamento das sirenes que alertam para o caso de rompimento. No primeiro acionamento de dois aparelhos, o volume do soar foi tão baixo que o teste foi considerado um fracasso. No segundo, ocorrido no último 16 de junho, com cinco equipamentos, o desempenho foi melhor, mas na avaliação da Defesa Civil do município ainda insuficiente para contemplar toda a população em risco.


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