Uma operação conjunta envolvendo a Polícia Militar (PM), Guarda Municipal, PBH e BHTrans terminou com 14 flanelinhas detidos no início da manhã deste domingo no Centro de Belo Horizonte. Um homem também foi levado para a delegacia após ser flagrado com drogas e um falso documento da Polícia Civil.
Segundo o tenente Silvano de Oliveira Carvalho, da 4ª Companhia da Polícia Militar, essa ação da polícia é realizada geralmente aos domingos, no entorno da Feira de Artes e Artesanato da Avenida Afonso Pena, a Feira Hippie, em três eixos: combate ao exercício ilegal da profissão (flanelinhas), blitz de trânsito e apoio à prefeitura na fiscalização do Código de Posturas, impedindo que ambulantes em situação irregular utilizem o espaço da feira.
Durante a blitz, três carros foram apreendidos por falta de documentação e más condições dos veículos, que não poderiam circular. Um homem de 35 anos foi detido em outro veículo durante a fiscalização. “Na Avenida João Pinheiro, foi detido um homem com quantidade expressiva de maconha no carro, seda para fazer cigarros, triturador, um estojo e dentro dele um distintivo da Polícia Civil”, explica o tenente Silvano. Segundo ele, o documento apreendido com o suspeito é falso. Sobre a droga, o homem, que se identificou como feirante, alegou ser para consumo próprio. Também foram apreendidos R$ 575 em dinheiro.
No apoio à fiscalização na feira, as autoridades orientaram hippies e expositores irregulares a levarem seus materiais para outros locais, pois não têm permissão para expôr na Afonso Pena.
Já os flanelinhas foram detidos agindo em ruas e locais de estacionamento dos clientes da feira, como a Igreja da Boa Viagem. Questionado, o tenente Silvano disse que a reincidência é um problema no combate a esse tipo de delito. “Lá (na delegacia) é lavrado um TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência) por contravenção penal, e ele volta para as ruas. É questão de legislação”, diz o militar.
Participaram das ações 18 policiais militares, quatro guardas municipais, cinco agentes da BHTrans e oito fiscais da Prefeitura de Belo Horizonte. Os suspeitos foram levados para uma unidade da Central de Flagrantes da Polícia Civil (Ceflan).