Animais ameaçados de extinção que frequentam ou habitam áreas específicas dentro do território brasileiro passarão a contar com proteção especial. Duas dessas áreas já protegidas estão em Minas Gerais, em Tombos, no Sul de Minas, e em Bandeira, no Vale do Rio Jequitinhonha. Por meio de um projeto do Ministério do Meio Ambiente coordenado pela Fundação Biodiversitas, o Brasil instituiu a Aliança Brasileira para a Extinção Zero (BAZE), que dá prioridade a proteção de sítios que são os últimos refúgios de espécies ameaçadas.
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Estudo mostra que extinção em massa de animais está em curso devido à ação do homemAjuste genético contra a extinçãoBH tem muitas áreas de preservação, mas boa parte está fechada e sofre degradaçãoA Portaria ministerial dispõe sobre normas e diretrizes para a proteção dos sítios BAZE. “O Brasil é pioneiro na criação de um marco legal para os sítios-BAZE, o que condiz com sua condição de país megadiverso e onde se identifica também um alto número de espécies em risco de extinção”, afirma Gláucia Drummond, presidente da Fundação Biodiversitas.
O Projeto “Aliança para Extinção Zero: Proteção de Sítios Naturais Insubstituíveis para a Conservação da Biodiversidade Ameaçada”, coordenado pela Fundação Biodiversitas com o suporte do GEF – Global Environmental Facility” – prevê também o lançamento, em setembro, do Mapa Revisado dos Sítios BAZE, um documento que teve sua primeira edição lançada em 2010 pela Biodiversitas, voltado apenas para a fauna de vertebrados.
A revisão do Mapa dos Sítios BAZE tomou como referência a última lista vermelha oficial da fauna, publicada em 2014, e resultou na identificação de 230 espécies sob ameaça de extinção que dependem de um último refúgio na natureza.
Os sítios identificados chegam a 146, sendo que existem sítios que abrigam até 14
espécies. O novo mapa ampliou o foco para os invertebrados e representa locais protegidos em Unidades de Conservação (UC) federal, estadual, municipal ou RPPNs (Reserva do Particular do Patrimônio Natural), parcialmente protegidos ou também sítios completamente desprotegidos, identificados em áreas sem nenhum caráter protetivo oficial. “O Mapa dos Sítios BAZE serve como um norteador de políticas públicas e privadas para conservação da biodiversidade na medida em que identifica, especialmente, as espécies com lacuna de proteção, acendendo a luz vermelha para áreas críticas” explica Gláucia Drummond.
A Biodiversitas dispõe de três áreas protegidas que se enquadram como últimos refúgios de espécies ameaçadas, duas delas em MG. Na Estação Biológica de Canudos (BA), se protege a arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari).