A mineradora australiana BHP anunciou nesta segunda-feira que vai se opor a uma ação judicial coletiva apresentada na Austrália, que a acusa de ter descumprido suas obrigações de informação, assim como de fraude, na letal catástrofe ambiental em Mariana, por sua filial Samarco.
Dezenove pessoas morreram por causa do tsunami de dejetos tóxicos causado pelo rompimento da Barragem do Fundão, em novembro de 2015.
A BHP e a Vale, coproprietárias da Samarco, chegaram no mês passado a um acordo com as autoridades brasileiras para resolver uma ação civil de R$ 20 bilhões pela tragédia.
A ação coletiva australiana alega que houve problemas com a represa nos anos anteriores a 2015 e que a BHP deveria ter levado os riscos em conta e informado os investidores.
O desastre provocou uma forte queda nas ações da BHP, motivo pelo qual cerca de 3 mil investidores se associaram para apresentar uma ação coletiva na Justiça.