Escavações da bacia e fundação da barragem de concreto, iniciadas na última semana, começam a dar corpo a um projeto que promete minimizar enchentes na Região da Pampulha, em Belo Horizonte. Essa é a nova fase das obras na Bacia de Detenção do Córrego São Francisco/Assis Chagas, retomadas em março pela Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), após quatro anos de espera. A bacia, localizada na Avenida Assis das Chagas, no Bairro Vila Indaiá, terá 66 mil metros cúbicos de capacidade. Com recursos de R$ 21,3 milhões investidos pelo Ministério da Integração Nacional, por meio do Programa Cidade Sustentável, o projeto atende a uma demanda antiga dos moradores e de usuários do aeroporto da Pampulha, constantemente prejudicados por alagamentos.
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Edital quer agilizar obras contra enchentes na Avenida Cristiano MachadoPrefeitura reabre licitação de R$ 28 milhões contra enchentes na Tereza CristinaPBH anuncia reabertura de licitação para obras em área de alagamentos nas regiões Norte e PampulhaCrianças aprendem técnicas para escapar dos riscos da chuva forte e de enchentesDefesa Civil de BH ensina estudantes a se proteger de enchentes Pampulha consumirá mais R$ 33 milhões, mas nata verde e mau cheiro devem continuarGrande BH tem quarta-feira de céu claro e temperatura máxima de 25°CUm alívio esperado há muito por quem transita no local. Secretária da Paróquia Santo Antônio da Pampulha, Maíra de Oliveira conhece bem os problemas enfrentados em dias de chuvas intensas. “A região do aeroporto fica toda inundada. Quando chove forte, alaga mesmo. Não ando a pé aqui, mas vejo pelas câmeras. O trânsito fica complicado e prejudica até quem quer vir à igreja. Na paróquia não entra água porque ela foi construída acima do nível do chão, mas a Rua Professor Aurélio Pires fica intransitável.
PREVISÃO De acordo com a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Smobi), a previsão é que as obras terminem no primeiro semestre de 2019. Os recursos vêm do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Apesar do pontapé inicial em 2014 e a previsão de conclusão no primeiro semestre do ano seguinte, as intervenções foram pausadas em 2016, já com atraso, por falta de repasse do governo federal. Na ocasião, a União informou que não poderia transferir o dinheiro por falta de documentação necessária a ser apresentada pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Uma desapropriação pendente também atrasou a operação das máquinas.
Os reparos fazem parte do Fundo Municipal de Saneamento de 2018, gerenciado pela Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Smobi), que prevê investimentos de R$ 210 milhões em Belo Horizonte. A quantia total está dividida em quatro categorias: gestão ambiental (R$ 81 milhões), Programa Vila Viva (R$ 116 milhões), logística de resíduos sólidos (R$ 12,8 milhões); e fortalecimento institucional (R$ 200 mil). O último quesito leva em consideração a atualização e aquisição de softwares para auxílio na produção do Programa Municipal de Saneamento (PMS).
O PMS é elaborado de quatro em quatro anos, com atualização a cada dois, com base na Lei 8.260/2001 (Política Municipal de Saneamento). Trata-se de instrumento de planejamento e monitoramento das ações de saneamento na capital, por meio de indicadores sanitários, epidemiológicos e ambientais. Esses dados avaliam e caracterizam a situação de salubridade ambiental do município. Assim, os aparatos técnicos da prefeitura definem as prioridades dos investimentos em saneamento básico na cidade..