Em sua recomendação, o procurador da República Fernando de Almeida Martins entendeu que é necessária a intervenção do poder público para preservar os direitos das crianças, mais propensas a serem influenciadas. Segundo ele, a situação se agrava, principalmente, quando se trata do uso de uma linguagem do universo infantil, caso dos desenhos animados.
Além disso, o MPF requisitou à Netflix que, após a veiculação dos cinco episódios programados, envie cópia para melhor análise de conteúdo. O órgão ainda deu o prazo de 30 dias para que o canal sob demanda cumpra a recomendação.
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) também opinou sobre a animação. Em nota, a organização afirmou que "vê (animação) com preocupação". A SBP ressaltou seu "compromisso com a liberdade de expressão", porém pediu o cancelamento da programação, "como expressão de compromisso do desenvolvimento de futuras gerações" por parte da Netflix.
Outro lado
Apesar da polêmica, em sua página no Facebook, o Combo Estúdio, responsável pela produção, ressalta que se trata de uma série com foco no público adulto. A mesma análise veio da Netflix, em posicionamento enviado ao portal G1, no qual provedora sob demanda disse que "'Super Drags' é uma série de animação para uma audiência adulta e não estará disponível na plataforma infantil”
A série tem produção de Anderson Mahanski, Fernando Mendonça e Paulo Lescaut, por meio do Combo Estúdio.
Em seu site oficial, o Combo Estúdio ostenta 16 produções, desde ilustrações até comerciais e outras animações. A organização tem como clientes marcas consagradas na produção audiovisual, como Universal e Disney.
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