Jornal Estado de Minas

Confira dicas para transportar animais no carro com segurança e evitar multas


Com o fim das férias, muitas famílias estão de malas prontas para aproveitar o último fim de semana de folga. Mas planejar uma viagem e ter que deixar seu animal de estimação em algum hotelzinho ou mesmo sozinho em casa, às vezes, é de cortar o coração. E quem gosta de viajar pode considerar a possibilidade de levar o pet ao passeio, especialmente aqueles que envolvem trajetos mais curtos e que podem ser feitos de carro. Mas o transporte dos bichinhos exige alguns cuidados para evitar multas e garantir a segurança de todos.

O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) não contém nenhuma especificação sobre como transportar os animais de estimação. A legislação diz que o bichinho não pode ir na parte externa dos veículos. Além disso, se o animal andar solto dentro do carro e tirar a atenção de quem dirige, o motorista pode ser multado. Isso vale para os pets que gostam de viajar com a cabeça para fora da janela.

De acordo com Maurício Monducci Jr., CEO da Isofix Brasil, empresa mineira especializada em equipamentos para segurança automotiva, além do risco de o animal se machucar, podem ocorrer acidentes caso o motorista não esteja concentrado no trânsito.
"O animal pode distrair o motorista ou ser arremessado do carro, por exemplo. Temos que pensar na segurança dele e também dos passageiros", comenta. Também é proibido levar o animalzinho no colo ou do lado esquerdo, entre o corpo e a porta. Mas, apesar de a lei não indicar o modo correto de transportar os bichinhos de estimação, é importante garantir a segurança do pet.

Para animais de todos os tamanhos, especialmente os grandões, o cinto de segurança é uma ótima opção. O equipamento permite limitar o espaço dos animais e, assim, garantir sua segurança e a dos passageiros. ''É o único equipamento com que conseguimos controlar totalmente os movimentos do animal", explica Maurício.
Muitas pessoas prendem a guia normal do cachorro no cinto de segurança do carro, mas esse improviso não protege o animal. "O cinto para transporte de animais é desenvolvido e pensado especialmente para isso, e tem um tamanho que faz com que o cachorro fique firme e não tenha liberdade no banco de trás, para não atrapalhar o condutor", acrescenta Maurício.

Segundo ele, “assim como acontece com as pessoas, o ideal é que os pets sejam transportados com o apoio do cinto de segurança. No caso de algum imprevisto, se o bichinho estiver solto no veículo, ele pode ser arremessado dentro do carro e sofrer lesões graves, além de causar sérios problemas à segurança também dos outros passageiros”, alerta.

Especialistas ainda recomendam consultar um veterinário antes da viagem, não esquecer de levar o cartão de vacinação do bichinho e mantê-lo bem hidratado.

Por dentro da lei

 


Art. 169

Dirigir sem atenção ou sem os cuidados indispensáveis à segurança.
Multa de R$ 53,20 e três pontos na carteira

Art. 235
Conduzir pessoas, animais ou carga nas partes externas do veículo, salvo nos casos devidamente autorizados.
Infração grave com multa de R$ 127,69 e cinco pontos na carteira.

Art.

252 
Dirigir o veículo transportando pessoas, animais ou volume à sua esquerda ou entre os braços e pernas. Multa de R$ 86,13 e quatro pontos

* Estagiária sob supervisão da editora Liliane Corrêa

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