O primeiro simulado de evacuação de emergência envolvendo os moradores da Barragem Casa de Pedra, administrada pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) em Congonhas, falhou na adesão da população. Apenas 19 das 381 pessoas objetivadas saíram de suas casas, no Bairro Residencial, para participar da dinâmica. Apesar de o Ministério Público garantir a estabilidade do empreendimento, a ação faz parte do Plano de Emergência de Barragens, desenvolvido pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DPMN).
O treinamento se iniciou às 10h05 e foi finalizado 10 minutos e 25 segundos depois, às 10h21. O pontapé inicial se deu a partir do acionamento de sirenes. Depois disso, a população próxima ao local de risco se locomoveu até um ponto de encontro, onde orientações da equipe técnica foram repassadas.
A programação contemplou as ruas José Morais Silva, Carlota Cordeiro, Santinha Teixeira Matos, Maria de Castro e Crispim Francisco Mendes, todas localizadas no Bairro Residencial. O ponto de encontro, onde o socorro será prestado em caso de rompimento, está situado a 800 metros do ponto mais distante dessas ruas.
Contudo, a população concentrada nessas cinco vias representa menos de 10% de toda a comunidade exposta ao Dique de Sela, a estrutura da Barragem Casa de Pedra que apresentou infiltrações em outubro de 2017, segundo laudo da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam). No total, 4.800 pessoas estão vulneráveis em caso de um desastre semelhante ao que aconteceu com a Barragem de Fundão, no Distrito de Bento Rodrigues, em Mariana.