Quem passou, ontem, em frente da Igreja de São Francisco de Assis, na Pampulha, pôde ver os operários instalando os tapumes para isolar do templo, que passará por obra de restauro no período de um ano. A expectativa é de que o serviço para instalação das peças de madeira, numa extensão de 104 metros lineares, dure duas semanas. Conforme o Estado de Minas mostrou ontem, o canteiro de obras inclui dois contêineres instalados (para abrigar escritório e almoxarifado).
Para não furar o piso no entorno da chamada Igrejinha da Pampulha, serão usadas estacas com base de concreto para dar suporte aos tapumes. Durante toda a obra, ficará à mostra apenas o painel de azulejos de autoria de Cândido Portinari (1903-1962), para que os turistas possam admirá-lo e tirar fotos. A fachada principal, embora não sejam instalados tapumes perto da lagoa, poderá ser vista apenas do outro lado, como do Museu de Arte da Pampulha (MAP).
A Igrejinha é um dos ícones da arquitetura moderna brasileira e tem tombamento municipal, estadual e federal, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. As intervenções mais do que necessárias, na avaliação dos especialistas, fazem parte dos compromissos assumidos com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) depois da entrega do título há pouco mais de dois anos. A obra vai demandar recursos de R$ 1,075 milhão do Programa de Aceleração (PAC) das Cidades Históricas.