Com o crescimento de casos na Região Norte do país e a confirmação de diagnósticos no Rio de Janeiro e em São Paulo, Minas Gerais entra em alerta máximo para a prevenção contra o sarampo. O estado não registrava até ontem casos confirmados, embora 155 suspeitas da doença já tenham sido notificadas. Delas, 55 foram descartadas e outras 63 ainda em análise na Fundação Ezequiel Dias (Funed). A doença representa, ao lado da paralisia infantil (poliomielite), a maior preocupação do governo do estado, por meio da Secretaria de Estado de Saúde, na Campanha Nacional de Vacinação neste ano. A atenção se concentra ainda mais nos 1.027.305 menores de 5 anos, público-alvo da mobilização. A meta é vacinar 95% desse contingente, o que equivale a 975.940 crianças.
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Minas investiga 63 casos suspeitos de sarampoBaixa vacinação em Minas aumenta chances de contágio por sarampo e outras doenças Sarampo: baixa cobertura vacinal em Minas e casos em estados vizinhos preocupamCrianças precisam receber dose extra contra sarampo e poliomieliteVeja lista de postos de saúde de BH para se vacinar contra sarampo e poliomeliteAdutora se rompe e ônibus cai em buraco no Bairro GlóriaBandidos explodem três agências bancárias em Carmo do Rio ClaroPichação em mural recém-pintado na Praça da Liberdade revolta artista e admiradoresTotal de mortes por gripe sobe 28% em Minas GeraisPara quem tem entre 2 e 29 anos e nunca se vacinou contra as doenças, a Secretaria de Estado da Saúde indica a aplicação de duas doses, com intervalo de 30 dias. Pessoas entre 30 e 49 anos precisam de uma dose para ficar imunes. Os maiores de 49 anos são considerados imunes ao sarampo, uma vez que já conviveram com a doença.
O reaparecimento do sarampo é atribuído a vários fatores, segundo Rodrigo Said, subsecretário de Proteção e Vigilância de Saúde de Minas Gerais. Entre eles está a negligência da população na hora de vacinar e falhas em processos das equipes técnicas.
O índice de cobertura vacinal tem caído desde 2014. Neste ano, apenas 66,79% do público-alvo está imunizado, segundo a secretaria. A pasta ainda destaca que o índice de vacinação contra o sarampo também esteve baixo no ano passado, quando apenas 88% das crianças foram vacinadas. “Esse fato é bastante preocupante, uma vez que a maior parte dos casos suspeitos de sarampo ocorre em crianças, geralmente menores de 5 anos, que já deveriam estar como esquema de vacinação completo. Além disso, o índice de complicações e óbitos também é maior nesse grupo”, afirmou a SES.
O desafio também atinge os profissionais da saúde pública, já que a maioria deles nunca precisou tratar pacientes diagnosticados com o sarampo.
PÓLIO Outra doença incluída no quadro de prioridades da Campanha Nacional de Vacinação, a paralisia infantil também representa preocupação em Minas Gerais, que tem apenas 66,34% das crianças vacinadas. Isso representa quase 700 mil menores de 5 anos sujeitos à enfermidade.
A imunização, que se tornou conhecida pelo personagem Zé Gotinha, passa por três doses da Vacina Inativada Poliomielite (VIP) aos 2, 4 e 6 meses de vida. Depois, crianças maiores de 15 meses até os 5 anos devem receber a Vacina Oral Poliomielite (VOP), que é um reforço.
A doença não é registrada no país desde 1990, mas, enquanto houver circulação do vírus, vacinal ou selvagem, em qualquer outro país, há risco de reintrodução da pólio no território brasileiro.
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Sarampo
É uma doença viral, infecciosa, aguda, transmissível, altamente contagiosa e comum na infância. Febre, manchas avermelhadas, dificuldades respiratórias e oculares, como tosse e conjuntivite, são alguns dos sintomas. A transmissão pode ocorrer de uma pessoa a outra por meio de secreções expelidas ao tossir, falar, espirrar ou até na respiração. O contágio pode se dar ainda por dispersão de gotículas no ar em ambientes fechados.
Poliomielite
É doença infecciosa, altamente contagiosa, provocada pelo poliovírus. Em contato com o corpo humano, o vírus se multiplica no intestino e pode invadir o sistema nervoso central, o que leva à perda de massa muscular e paralisia. A transmissão pode ocorrer de pessoa para pessoa por meio de alimentos e água contaminados, ou pelo contato com gotículas de secreções, como ao falar, tossir e espirrar.
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