Um importante sistema que pode ajudar a diminuir os prejuízos, e até mesmo salvar vidas durante os temporais voltou a funcionar ainda nesta terça-feira. O serviço de previsão meteorológica do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) foi transferido para um hotsite criado para disponibilizar as informações do órgão durante o período das eleições. Nessa segunda-feira, Defesa Civil de Belo Horizonte não conseguiu emitir um alerta do temporal de granizo por falta de acesso aos dados.
Mais cedo, a Defesa Civil de Belo Horizonte divulgou uma nota explicando o motivo de não ter emitido um alerta sobre o temporal com granizo que atingiu a capital na noite de segunda-feira, provocando estragos. “A Defesa Civil de Belo Horizonte está sem acesso às imagens do Radar Meteorológico devido a ajustes que estão sendo realizados no site do IGAM (Instituto Mineiro de Gestão das Águas)”, disse o órgão. “Considerando que estamos fora do período chuvoso e que o episódio de ontem foi considerado raro, de rápida formação e curta duração, não foi possível emitir um alerta especifico para ocorrência de granizo em Belo Horizonte”, finalizou a Defesa Civil da capital.
O temporal
Moradores de Belo Horizonte, principalmente de bairros da região da Pampulha e Noroeste, tiveram prejuízos após o forte temporal da noite de segunda-feira na capital. Na manhã desta terça, árvores continuavam caídas nas ruas. Telhados foram arrancados, carros danificados e casas ficaram sem energia elétrica.
Um fenômeno atípico ocorreu na noite de segunda-feira em parte do estado, principalmente na capital e Região Metropolitana de Belo Horizonte, além de cidades da Zona da Mata e Leste de Minas. Ao encontrar com a massa quente, a frente fria que chegou no estado resultou em chuva de granizo de grande volume. “Para o mês de agosto, é um fenômeno atípico. Precipitações com pedras de gelo como as que foram vistas em BH, Contagem, Betim, Nova Lima, entre outros municípios, ocorrem em outubro e normalmente no período da tarde. Foi algo bem raro, que aponta para as mudanças climáticas”, destacou o meteorologista Ruibran dos Reis, do ClimaTempo.