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Estado de Minas

PF prende grupo envolvido em operações financeiras irregulares no Norte de Minas

Grupo usava meios digitais para transferir recursos do exterior para o Brasil, por meio de operação conhecida como dólar-cabo


postado em 07/08/2018 20:02

Imagem meramente ilustrativa(foto: Reprodução/Pixabay. )
Imagem meramente ilustrativa (foto: Reprodução/Pixabay. )
A Polícia Federal (PF) desarticulou, nesta terça-feira, uma quadrilha especializada em golpes contra o sistema financeiro e crimes fiscais. O grupo atuava por meio de operações financeiras de câmbio irregulares, conhecidas como ''dolar-cabo'', por meio da internet. Trata-se de um pagamento realizado em reais no Brasil, mas recebido em dólar no exterior, por exemplo. Foram presas três pessoas, sendo duas em Montes Claros, na Região Norte de Minas, e uma terceira no Mato Grosso do Sul.
  

A operação foi denominada ''Home Office'' e foram cumpridos dois mandados de prisão temporária e um de prisão preventiva, além de seis mandados de sequestros de bens e cinco de busca e apreensão.

Segundo a PF, a quadrilha movimentou transações financeiras não declaradas, que totalizaram R$ 52 milhões, no período entre 2012 e 2017.

Durante as investigações, iniciadas há 10 meses, foi identificado que o grupo atuava em Montes Claros e no estado de Mato Grosso do Sul, na região da fronteira com a Bolívia. Em nota, a Delegacia da Polícia Federal em Montes Claros informou que, por meio dos trabalhos de inteligência, identificou na cidade do Norte de Minas um dos integrantes da organização criminosa.

Ele atuava em “sua própria casa, via internet, (e) organizava as operações de câmbio movimentando recursos oriundos de diversos países”. O suspeito também arregimentava pessoas, principalmente seus familiares e amigos, para emprestarem suas contas bancárias para realização das transações.

De acordo com a delegacia da PF, as investigações constataram a atuação dos envolvidos em operações financeiras “dolar-cabo”, que viabilizam, clandestinamente, a internalização de recursos provenientes do exterior na economia nacional. Assim, a quadrilha burlava os sistemas de controle financeiros do Brasil.

Os envolvidos responderão pelos crimes de formação de quadrilha, operação não autorizada de instituição financeira e por lavagem de dinheiro.


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