A operação foi denominada ''Home Office'' e foram cumpridos dois mandados de prisão temporária e um de prisão preventiva, além de seis mandados de sequestros de bens e cinco de busca e apreensão.
Segundo a PF, a quadrilha movimentou transações financeiras não declaradas, que totalizaram R$ 52 milhões, no período entre 2012 e 2017.
Durante as investigações, iniciadas há 10 meses, foi identificado que o grupo atuava em Montes Claros e no estado de Mato Grosso do Sul, na região da fronteira com a Bolívia. Em nota, a Delegacia da Polícia Federal em Montes Claros informou que, por meio dos trabalhos de inteligência, identificou na cidade do Norte de Minas um dos integrantes da organização criminosa.
Ele atuava em “sua própria casa, via internet, (e) organizava as operações de câmbio movimentando recursos oriundos de diversos países”. O suspeito também arregimentava pessoas, principalmente seus familiares e amigos, para emprestarem suas contas bancárias para realização das transações.
De acordo com a delegacia da PF, as investigações constataram a atuação dos envolvidos em operações financeiras “dolar-cabo”, que viabilizam, clandestinamente, a internalização de recursos provenientes do exterior na economia nacional. Assim, a quadrilha burlava os sistemas de controle financeiros do Brasil.
Os envolvidos responderão pelos crimes de formação de quadrilha, operação não autorizada de instituição financeira e por lavagem de dinheiro.