A Polícia Federal (PF) desencadeou a Operação Fada Madrinha, na manhã desta quinta-feira, nas cidades de Leopoldina, na Zona da Mata, Franca e São Paulo, no estado de São Paulo, e Goiânia, Aparecida de Goiânia, Jataí e Rio Verde, em Goiás. Segundo a PF, a força-tarefa agiu contra os crimes de tráfico internacional de pessoas e trabalho escravo, ambos praticados contra transexuais, e cumpriu cinco mandados de prisão preventiva e oito mandados de busca e apreensão contra três associações criminosas.
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As ações criminosas continuavam para as trans considerados “mais bonitas”, segundo a PF. Elas eram levadas até a Itália, onde a quadrilha organizava concursos de misses. Os eventos eram gerenciados pela quadrilha, o que resultava em novas dívidas. Os prejuízos, assim como no Brasil, deveriam ser pagos por meio da prostituição.
Segundo a PF, as investigações contra o grupo de Franca se iniciaram em novembro de 2017. No decorrer dos trabalhos, a PF afirma que descobriu outras duas associações criminosas, que atuavam em conjunto com a primeira em Minas Gerais e Goiás. Havia uma parceria entre as organizações, que se dava por meio do intercâmbio das vítimas.
Os investigados responderão pelos crimes de tráfico internacional de pessoas, redução à condição análoga à de escravo, associação criminosa, exploração sexual e exercício ilegal da medicina. Se condenados, as penas podem ultrapassar 25 anos de reclusão.
No total, mais de 50 policiais federais atuaram na ação, segundo a PF. A força-tarefa também contou com a colaboração do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do Ministério Público Federal (MPF). O Ministério do Trabalho e Emprego e da Organização Internacional do Trabalho (OIT) é o responsável por realizar medidas protetivas às vítimas.