Depois de quase três anos de espera, os moradores do bairro Sagrada Família enfrentam o transtorno das obras na Rua Genoveva de Souza, mas a sensação é de alívio diante da solução dos problemas de contenção da encosta e drenagem, que em novembro de 2015 afundou devido a uma erosão. Desde então, moradores e comerciantes da região, motoristas e usuários do transporte coletivo colecionam uma lista de transtornos: dificuldades de acesso viário, no transporte público e falta de segurança. As obras de recuperação da via só se iniciaram no dia 26 de julho.
De acordo com a PBH, foi pleiteado junto ao governo federal recurso de R$ 936,76 mil para execução dos trabalhos pela Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap). O prazo de execução das obras é de 240 dias após a assinatura da primeira ordem de serviço. Dessa forma, a previsão de término das obras é no primeiro semestre de 2019. A licitação para contratar a empresa que vai trabalhar no local foi aberta somente em março e a ordem de serviço assinada em 23 do mês passado.
As intervenções na Rua Genoveva de Souza vão contemplar os serviços e obras de muro de contenção em estrutura de concreto armado aparente e a implantação de rede de drenagem profunda, de 600 milímetros, compreendendo demolições, escavações, aterros, execução de contenção em concreto armado, serralheria, passeios, substituição de meios-fios, retaludamento, plantio de grama, rede de drenagem, bocas de lobo, poço de visita, fresagem, recapeamento e sinalização de vias.
Em entrevista ao Estado de Minas, o diretor de relações institucionais da Associação dos Amigos e Moradores do Entorno do Estádio Independência, Adelmo Gabriel Marques, contou os transtornos que os moradores vêm sofrendo desde a interdição da rua. “A situação da rua hoje causa um problema muito sério para os condutores de veículos que sobem a Genoveva e querem acessar a Cristiano Machado ou pegam a Conselheiro Rocha para ir ao Bairro Cidade Nova”, comentou. Segundo ele, entre os problemas relatados pela população à associação está a presença de usuários de drogas na rua interditada, moradores de rua que urinam e defecam no local e também a mudança no itinerário dos ônibus da linha 9209. O fechamento bloqueou o tráfego entre as ruas Jaques Luciano e Silvestre Ferraz e desviou o itinerário do coletivo. Segundo a BHTrans, “como não havia previsão de conclusão das obras, foi implantada a alteração do itinerário em 11/7/2016”.
Para o superintendente da Sudecap, Henrique Castilho, o início das obras representa uma vitória para a cidade. “Licitar essa obra da Genoveva de Souza foi uma dificuldade muito grande, conseguir a verba, cumprir todos os processos legais de licitação para que a gente finalmente pudesse começar os trabalhos agora. Então é uma obra importante para a cidade, para quem mora e quem precisa trafegar pela via”, afirmou. *Estagiária sob supervisão do editor Roney Garcia