Jornal Estado de Minas

Usiminas começa a retomar atividades após explosão em Ipatinga

A Usiminas retoma, de maneira gradual, suas atividades na manhã deste sábado, após a explosão de um gasômetro da usina assustar os trabalhadores da unidade situada em Ipatinga, no Vale do Aço, na tarde dessa sexta-feira. Segundo informações da própria empresa, três alto-fornos foram desativados depois do incidente para garantir a segurança dos funcionários.

A suspensão foi tomada mesmo sem quaisquer recomendações de órgãos públicos. O Corpo de Bombeiros investiga as causas da explosão, enquanto o Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) avalia as condições ambientais do local após o incidente. 

De acordo com funcionários da empresa, alguns setores não pararam desde a explosão, uma vez que dependem de manutenção constante. Por isso, alguns trabalhadores desempenham suas funções normalmente. Essas áreas são a de despacho, laminação a frio e unigal. 

O Corpo de Bombeiros informou ter sido acionado por volta das 12h45 de sexta-feira. No local, brigadistas da empresa já tinham encaminhado 30 feridos para o Hospital Márcio Cunha, nenhum deles em estado grave. “Uma pessoa sofreu um corte na face, decorrente de um estilhaço que foi lançado na explosão.
As outras 29 vítimas foram pessoas que tiveram tonturas ou passaram mal diante da situação de pânico ou da inalação de gás”, informou.

Durante a tarde, pelo menos outras quatro pessoas procuraram unidades hospitalares para atendimento, o que fez o número de hospitalizados saltar para 34. Segundo o Hospital Márcio Cunha, a maioria dos feridos já foi liberada da estrutura. 

O gás que estava no tanque é chamado de LDG (Linz Donawitz Gas), conhecido ainda como gás de aciaria. Segundo o Corpo de Bombeiros, o principal componente da mistura é o monóxido de carbono.

Na usina, há dois reservatórios idênticos ao que explodiu, a aproximadamente 100 metros do tanque danificado. A empresa, de acordo com os Bombeiros, tomou medidas preventivas evitar novos incidentes..