Jornal Estado de Minas

Funcionários voltam ao expediente normal nesta segunda-feira, diz Usiminas

Todos os funcionários da unidade da Usiminas em Ipatinga, no Vale do Aço, vão retornar aos seus horários normais nesta segunda-feira, segundo nota enviada pela empresa. Entretanto, a produção da siderúrgica não vai funcionar de maneira ampla, já que alguns setores vão continuar suspensos, após a explosão de um gasômetro assustar a população da cidade na última sexta-feira. 

 

Com isso, quem exerce funções nas áreas ainda paradas será deslocado para outras atividades, que estão ligadas à retomada das operações normais da empresa. Em contato com a reportagem, a assessoria de comunicação da Usiminas não soube informa quais atividades são essas exatamente, por se tratar de conteúdos técnicos. 

Desde esse sábado, alguns setores da siderúrgica operam normalmente, como laminação a frio, despacho e unigal. No mesmo dia, a empresa confirmou que os gases liberados durante a explosão não representam qualquer risco para a população ipatinguense. 

Além disso, a Usiminas garantiu que ainda não há uma data definida para o retorno integral da produção. As causas do incidente também ainda não estão esclarecidas e "os trabalhos estão sendo acompanhados pelas autoridades competentes". 

Confira abaixo a nota na íntegra:

"Em linha com seu compromisso de manter todos os públicos informados sobre as ações relativas à ocorrência da última sexta-feira (10/8), a Usiminas informa que, após uma rigorosa vistoria em todas as áreas da Usina de Ipatinga, o expediente de trabalho das equipes será retomado nesta segunda-feira, 13 de agosto. Os colaboradores que atuam em áreas que ainda não voltaram ao funcionamento regular apoiarão nas atividades necessárias à retomada das operações.  


Alguns setores da unidade, sem conexão com a área afetada pelo acidente, como Laminação a Frio, Despacho e Unigal já voltaram a operar, com máxima segurança. 


A companhia segue com os estudos e preparações necessários para retomar, gradativamente, as demais áreas. No momento, ainda não é possível precisar uma data para o retorno da produção plena na unidade. 


As causas do acidente seguem em apuração pelas equipes técnicas. Os trabalhos estão sendo acompanhados pelas autoridades competentes.

A empresa reitera que está disponibilizando todas as informações solicitadas pelos órgãos do poder público".

 

A explosão

 

O Corpo de Bombeiros informou ter sido acionado por volta das 12h45 de sexta-feira. No local, brigadistas da empresa já tinham encaminhado 30 feridos para o Hospital Márcio Cunha, nenhum deles em estado grave. “Uma pessoa sofreu um corte na face, decorrente de um estilhaço que foi lançado na explosão. As outras 29 vítimas foram pessoas que tiveram tonturas ou passaram mal diante da situação de pânico ou da inalação de gás”, informou. 

 

Durante a tarde, pelo menos outras quatro pessoas procuraram unidades hospitalares para atendimento, o que fez o número de hospitalizados saltar para 34. Segundo o Hospital Márcio Cunha, a maioria dos feridos já foi liberada da estrutura. 

 

O gás que estava no tanque é chamado de LDG (Linz Donawitz Gas), conhecido ainda como gás de aciaria. Segundo o Corpo de Bombeiros, o principal componente da mistura é o monóxido de carbono. 

 

Na usina, há dois reservatórios idênticos ao que explodiu, a aproximadamente 100 metros do tanque danificado. A empresa, de acordo com os Bombeiros, tomou medidas preventivas evitar novos incidentes. 

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