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Estado de Minas

Eletricista que se acidentou na Usiminas de Ipatinga está na UTI

Acidente com terceirizado de 36 anos é o terceiro em seis dias. Enquanto isso, investigações tentam determinar as causas da explosão na sexta-feira


postado em 14/08/2018 09:52 / atualizado em 14/08/2018 12:13

Promotoria de Justiça abriu inquérito para apurar danos ambientais causados pela explosão(foto: Wolmer Ezequiel/Diário do Aço)
Promotoria de Justiça abriu inquérito para apurar danos ambientais causados pela explosão (foto: Wolmer Ezequiel/Diário do Aço)

É estável o estado de saúde do eletricista Ricardo Alves Porfírio, de 36 anos, vítima do terceiro acidente registrado nos últimos seis dias na Usiminas de Ipatinga, no Vale do Aço. A assessoria de imprensa do Hospital Márcio Cunha informou, nesta terça-feira, que ele está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ele deu entrada ontem, às 11h49, com trauma no braço direito e precisou passar pelo bloco cirúrgico. 

 

De acordo com nota da siderúrgica, o acidente de ontem ocorreu na área de sinterização, que “não tem ligação com a das ocorrências anteriores”. Em nota, a siderúrgica explicou que “Ricardo Alves Porfiro, de 36 anos, eletricista da empresa Inner, realizava atividade de manutenção programada no local quando se acidentou. Ele foi prontamente socorrido e encaminhado ao Hospital Márcio Cunha, em Ipatinga”. Na quarta-feira, um operário morreu ao prestar serviço em equipamento de despoeiramento da Usiminas. Luís Fernando Pereira tinha 38 anos, era casado e tinha três filhos. O caso ainda está sendo investigado.

 

Enquanto investigações tentam determinar quais foram as causas e responsabilidades da explosão do gasômetro da Usiminas, em Ipatinga, no Vale do Aço, a siderúrgica inicia a retomada das atividades. Ontem, a 9ª Promotoria de Justiça da Comarca da cidade abriu inquérito para apurar eventuais danos ambientais causados pelo incidente, que levou 34 pessoas ao hospital. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), por sua vez, ainda aguardava que fosse entregue um laudo da siderúrgica com informações sobre a integridade das estruturas e assegurando que o retorno da operação não implicará risco de acidentes. O prazo terminava ontem.


A explosão do gasômetro ocorreu na sexta-feira. No início da tarde, os moradores de Ipatinga foram surpreendidos por uma forte explosão, que sacudiu a cidade.  As ruas ficaram cheias de veículos, o que provocou longos congestionamentos. Escolas cancelaram as aulas por medida de segurança e alguns bairros foram evacuados. Comerciantes também fecharam as lojas. Estabelecimentos comerciais e casas tiveram as vidraças quebradas. O impacto do acidente foi tamanho que provocou um tremor no município, registrado por sismógrafos da Universidade de Brasília. Dois dias antes, na quarta-feira,


Depois da ocorrência, órgãos de segurança e ambientais deram início às apurações. A Semad aguardava ontem laudo pedido no sábado, com prazo de 48 horas, à empresa, que terminaria ontem. Outro prazo se esgota hoje. A empresa terá que entregar dados de monitoramento de gases nos pontos de conexão e válvulas de controle. A determinação da Semad é que a ação seja feita por, “no mínimo, 24 horas, inclusive com o uso de detectores com aviso sonoro e inspeções periódicas. Esse prazo poderá ser estendido, dependendo dos resultados apresentados”. A qualidade do ar também está sendo monitorada pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam). De sexta-feira até ontem, não foi constatada alteração. A Semad afirma, ainda,  que as licenças ambientais da unidade Ipatinga da Usiminas estão válidas.


O MPMG também está apurando o caso. Um inquérito civil foi instaurado ontem para apurar os danos ambientais. “Em um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) será apurada a ocorrência de crime ambiental de poluição e dos delitos de lesão corporal, considerando que houve o registro de 34 feridos”, afirmou o órgão, por meio de nota.

TRABALHO O Corpo de Bombeiros autorizou ontem o retorno das atividades da Usiminas na cidade. Segundo a corporação, os trabalhos na usina já foram finalizados. “A princípio, o Corpo de Bombeiros não constatou irregularidades na usina. Devido à magnitude do acidente, as causas ainda estão sendo investigadas”, comunicou, por meio de nota. A produção total deverá ser retomada até amanhã. A informação foi confirmada pela siderúrgica por meio e um comunicado enviado à imprensa ontem.  O expediente em Ipatinga foi retomado hoje. “(...) a empresa informa que realizou rigorosa vistoria em todas as áreas da usina, incluindo os três gasômetros remanescentes, e, com foco na segurança, já retomou as operações dos altos-fornos 1 e 2, laminações a frio, Unigal e despacho”, diz a empresa no documento. “A previsão é que os laminadores de chapas grossas e tiras a quente retornem respectivamente na terça (hoje) e quinta-feira, e que até quarta feira, dia 15, o alto-forno 3 volte a operar”, diz a siderúrgica.


No documento, a Usiminas explica que a explosão atingiu um dos quatro gasômetros da usina e ficou concentrada apenas neste equipamento. “Apesar de as causas do acidente ainda estarem sendo investigadas, tanto pela empresa quanto pelas autoridades públicas, a companhia esclarece que toda a manutenção preventiva dos gasômetros da Usina da Ipatinga foi realizada, seguindo rigorosos padrões internacionais”, esclarece. A Usiminas e autoridades públicas realizaram um monitoramento da presença de gases na comunidade e não há registro de anormalidade, de acordo com a empresa. (JHV)


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