Um professor de História de uma escola pública de Montes Claros, Norte de Minas Gerais, foi alvo de uma série de críticas nas redes sociais, depois de postar um comentário inapropriado no Facebook de uma aluna menor de idade. Ele usou os termos “linda e gostosa” abaixo da foto da estudante de 17 anos, do 3º ano do ensino médio, que posava de biquíni em uma praia. Ele foi repreendido pela direção do estabelecimento e poderá responder a sindicância administrativa por parte da Secretaria de Estado de Educação.
O educador envolvido no caso, de 45 anos, trabalha na Escola Estadual Professor Plínio Ribeiro (a conhecida Escola Normal), um dos maiores educandários de Montes Claros. Nesta quarta-feira, quando o caso veio à tona, ele não compareceu a escola para trabalhar.
O professor tentou se retratar com a aluna: “Te peço desculpas pelo comentário. Não quis te ofender ou causar constrangimento, sempre te respeitei como aluna e continuo te respeitando. Apenas não sei como apagar esse comentário infeliz. Não sabia que era você. Mil perdões”.
O pedido de desculpas não amenizou a situação. Colegas da adolescente reagiram, condenando os comentários desastrosos do professor. Na tarde desta quarta-feira, o diretor da Escola Professor Plínio Ribeiro, Danilo Cordeiro, informou que a mãe da aluna esteve no estabelecimento pedindo providências contra o professor de História.
O diretor disse que a direção do educandário repreendeu administrativamente professor, que foi ouvido. “Ele alegou que não reconheceu que a pessoa da postagem era sua aluna e que nem observou que ela era menor de idade. Por isso, pediu desculpas à estudante”, revelou Danilo Cordeiro.
O dirigente da Escola Normal explicou que a repreensão administrativa ao professor envolvido no caso foi feita com base no Estatuto do Magistério e no Estatuto do Servidor Publico do Estado de Minas Gerais (lei 869/52). Ele disse que também comunicou o fato à Superintendência Regional de Ensino de Montes Claros e à Secretaria de Estado de Educação, que ficarão responsáveis por aplicar as medidas que considerar cabíveis ao professor, como a suspensão por 10 dias ou a instauração de sindicância administrativa.
Ainda conforme Danilo Cordeiro, o professor envolvido no caso tem cerca de 10 anos de magistério e é uma pessoa tranquila. “Ele nunca teve qualquer problema em relação a comportamento na escola”, disse o diretor.