O gasômetro é um imenso equipamento que armazena gases produzidos no processo de produção das usinas siderúrgicas. Em resumo, a estrutura funciona como uma espécie de pulmão das redes de distribuição de gases, aproveitando-os na forma de energia que move o próprio processo de fabricação do aço. Segundo nota divulgada ontem, a companhia aponta três pontos fundamentais que, em conjunto, contribuíram para o colapso do aparelhagem.
O primeiro deles foi uma falha no controle automático das válvulas do sistema. Esse mal funcionamento permitiu a entrada de volume elevado de ar no gasômetro, embora a empresa sustente que as ações previstas para a situação tenham sido executadas. Em seguida, o equipamento de limpeza, na saída do gasômetro, pode ter sido a fonte que provocou a explosão, pois opera com centelhamento, processo que pode ser comparado à emissão de faíscas.
“As válvulas permaneceram abertas em direção ao equipamento, permitindo a entrada do ar que se misturou ao LDG. Combinados, os gases podem ter entrado em contato com uma centelha produzida pelos precipitadores eletrostáticos – equipamentos que fazem a limpeza do gás –, gerando a explosão”, informou texto da Usiminas.
Os pontos enumerados preliminarmente ainda estão sendo analisados com mais profundidade. O laudo foi feito por uma comissão de investigação da Usiminas – composta por empregados da companhia e por um consultor especializado em análise e investigação de riscos. A empresa salienta que o relatório é parcial. "O resultado da busca de novas evidências e o aprofundamento de sua análise pode alterar o curso da investigação", ponderou.