Atualmente, uma faixa da BHTrans ainda está esticada no mesmo nível aproximado de 4,5 metros e provavelmente teria sido arrancada caso o caminhão que causou o acidente tivesse passado por ali. Uma falha desse ponto é que as duas placas não ocupam toda a extensão da pista, apenas duas das três faixas, o que ainda abre brecha para que um caminhão passe pelo canto, sem encostar nas duas placas.
O problema maior é que o veículo pesado carregado com uma retroescavadeira que na noite de domingo acertou a trincheira do Complexo da Lagoinha saiu da Avenida Antônio Carlos, segundo a coordenadora administrativa da Terraplenagem Modelo, empresa dona da carreta e da retroescavadeira que se envolveram no acidente.
E a chegada ao Complexo da Lagoinha por essa avenida, apesar de ter vários alertas da altura máxima permitida, não possui o mesmo pórtico já instalado na altura limite para quem sai pela Cristiano Machado. Dessa forma, o condutor não teve como antecipar o problema batendo em um material mais leve e só percebeu o problema quando acertou as vigas de concreto e de metal já trafegando sob a trincheira.
O resultado foi a necessidade de fechar completamente o tráfego tanto na parte inferior, nos acessos ao Viaduto Oeste e à Avenida Nossa Senhora de Fátima, quanto superior, para quem sai da Pedro II e vai para Cristiano Machado, Antônio Carlos ou Bairro Floresta. No fim da manhã de ontem, a avaliação conjunta da Sudecap e da Defesa Civil reabriu parte do tráfego, apenas na parte inferior. A recuperação das vigas mantém o restante fechado por pelo menos uma semana, segundo a Sudecap, período de duração das intervenções para recomposição das vigas.
Em nota, a BHTrans informou que a placa zebrada amarela e preta não é obrigatória, mas sim um assessório. O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) prevê a sinalização de altura máxima permitida, que está devidamente implantada em todos os acessos.