Minas Gerais segue sem confirmar nenhum caso se sarampo neste ano. Mas o número de notificações seguem aumentando. Já são 169 registros suspeitos, sendo que 127 foram descartados por exames laboratorial, e outros 42 casos ainda estão sendo investigados pela Fundação Ezequiel Dias (Funed). A cobertura vacinal contra a doença aumentou, mas ainda está bem abaixo da meta.
A transmissão do sarampo pode ocorrer de uma pessoa a outra, por meio de secreções expelidas ao tossir, falar, espirrar ou até na respiração. O contágio pode se dar ainda por dispersão de gotículas no ar em ambientes fechados. Por isso, é considerada uma doença infecciosa viral extremamente contagiosa. Os principais sintomas são manchas avermelhadas em todo o corpo, febre alta, congestão nasal, tosse e olhos irritados, além de poder causar complicações graves, como encefalite, diarreia intensa, infecções de ouvido, pneumonia e até cegueira, sobretudo em crianças com problemas de nutrição e pacientes imunodeprimidos.
O Sarampo voltou a ser preocupação no ano passado com aparecimento de casos na Região das Américas. Em fevereiro, a doença, declarada erradicada no Brasil em 2016, voltou a ameaçar. Dados do Ministério da Saúde mostram que mais de 1,2 mil casos foram confirmados no país neste ano.
Vacinação
A cobertura vacinal em Minas Gerais continua baixa mesmo com o Dia D, que aconteceu no último sábado, onde a maioria dos postos de saúde de todo estado abriram as portas para receber a população. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG), foram aplicadas 245,6 mil doses durante a Campanha de Vacinação. A cobertura vacinal nas faixas etárias de 1, 2, 3 e 4 anos, está em, 53,67%, 58,92%, 60,55% e 57,05%, respectivamente.
Veja o esquema de vacinação por idade:
Aos 12 meses de idade, a criança deverá receber a primeira dose da vacina tríplice viral (que protege contra o sarampo, a rubéola e a caxumba).
Aos 15 meses de idade, a criança deverá receber a segunda dose com a vacina tetraviral (contra o sarampo, a rubéola, a caxumba e a catapora/varicela) ou a vacina tríplice viral e a de varicela monovalente.
De 02 a 29 anos, caso não tenha nenhum registro de dose da vacina tríplice ou tetraviral, deverão receber duas doses com intervalo de no mínimo 30 dias da primeira dose.
De 30 a 49 anos, caso não tenha nenhum registro de dose da vacina tríplice ou tetraviral, deverá receber apenas uma dose.
Após 49 anos de idade, não é necessário a vacinação porque são consideradas imunes.
Profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, dentistas e outros), independente da idade, devem ter duas doses válidas da vacina tríplice viral documentadas.
Profissionais de transporte (taxistas, motoristas de aplicativos, motoristas de vans e ônibus), profissionais do turismo (funcionários de hotéis, agentes, guias e outros), viajantes e profissionais do sexo devem manter o cartão de vacinação atualizado conforme os esquemas vacinais.