
A Anglo ainda destacou que as análises vão ser utilizadas como referência para eventuais medidas a serem tomadas pela empresa e também serão enviadas para os órgãos públicos competentes com o objetivo de embasar a autorização para a volta das atividades da companhia, prevista para o último trimestre deste ano.
Segundo a empresa, na vistoria foi usada uma ferramenta de "investigação de dutos" – chamada de PIG. Os PIGs foram fabricados sob medida e têm sensores capazes de indicar indícios de amassamentos, corrosão ou fissuras na tubulação. O processo começa com a passagem da ferramenta de limpeza e prossegue com outras três variações do equipamento (PIGs geométrico, magnético e ultrassom).

VAZAMENTO Ocorridos em 12 e 29 de março, os rompimentos resultaram no lançamento de 947 toneladas de minério de ferro em Santo Antônio do Grama. O primeiro despejou minério no manancial que abastece o município e também no leito de Ribeirão Santo Antônio. Na época, o vazamento assustou os moradores da cidade e a captação de água foi interrompida pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa).
O segundo vazamento ocorreu menos de 20 dias depois, próximo ao local do primeiro incidente. A falha em uma solda de parte do mineroduto de 529 quilômetros entre Conceição do Mato Dentro, na Região Central de Minas, e o Porto do Açu (RJ), seria o motivo para os dois vazamentos. No período, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) informou que 318 toneladas foram despejadas no curso d’água no primeiro vazamento e, no segundo, uma análise na região constatou o escoamento de 647 toneladas de material – sendo que 174 toneladas atingiram o curso d’água e 473 uma fazenda.
* Estagiária sob supervisão da editora Liliane Corrêa