O Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed/MG) denuncia uma sequência de tentativas de golpes aplicadas contra a categoria nas duas últimas semanas. Segundo a assessoria de comunicação da organização, uma quadrilha da Bahia obteve o nome e o registros dos profissionais e um inquérito já foi aberto pela Polícia Civil para investigar o caso.
De acordo com o Sinmed/MG, o grupo criminoso liga para os médicos e se identifica como funcionário do sindicato. A partir daí, eles convencem a vítima a passar os dados pessoais e a depositar uma quantia em dinheiro como garantia, com a promessa de que o sindicato venceu uma ação judicial em nome do médico. O falso processo diz respeito ao pagamento de precatórios e correções monetárias.
"No dia 17 de agosto (sexta-feira passada), três médicos nos procuraram e logo nosso jurídico viu que era uma fraude. Entramos com uma ação na 3ª Delegacia de Polícia Civil para apurar o caso na época. Hoje, novamente, oito médicos nos procuraram para informar sobre o mesmo modus operandi. Normalmente, são profissionais mais idosos que são procurados por eles", informou Jordani Machado, diretor de comunicação do Sinmed/MG.
Machado também ressaltou que há possibilidade de que mais pessoas tenham sido vítimas da tentativa de golpe. Apesar das investidas dos suspeitos, ele informou que nenhuma quantia foi transferida pelos médicos que se manifestaram até aqui.
Além disso, há suspeitas também de que os contatos do Sinmed/MG no buscador Google tenham sido alterados. Quando se faz a pesquisa pelo nome do sindicato, o site informa dois telefones: (31) 3241-2811 e (31) 2626-4319. O último, que é falso, foi requisitado por um usuário recentemente, o que levanta suspeitas por parte do órgão representante da categoria.
Para alertar a categoria sobre os riscos, o sindicato disparou um comunicado em seu site, redes sociais e por e-mail. A recomendação é que nenhum dado pessoal seja fornecido nem transações bancárias, além da abertura de um boletim de ocorrência.
Em nota, o Sinmed/MG informou que “não compactua e não aceita atitudes que ferem os direitos da categoria e por isso não será omissa em situações como esta”. A Polícia Civil foi procurada, mas não foi encontrada.