A campanha nacional de vacinação contra o sarampo e a poliomelite termina oficialmente na sexta-feira, mas por causa da baixa cobertura vacinal em Minas Gerais, municípios que ainda não alcançaram a meta de cobertura vacinal (de 95%) farão um novo dia D no próximo sábado. A orientação foi feita pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais e a ação ocorrerá nas Unidades Básicas de Saúde. Em Belo Horizonte, os postos do Sistema Único de Saúde (SUS) vão receber os moradores.
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Baixa adesão
A Secretaria de Estado da Saúde informou que as razões para a baixa procura pela vacinação pode ser atribuído a vários fatores.
A secretaria acrescentou que tem adotado ações para contornar esses obstáculos e incentivar a vacinação. Entre elas, citou o repasse de incentivo de R$ 5,8 milhões para incrementar a campanha nacional de imunização nos municípios, de acordo com portaria editada no fim de junho. Listou também incentivo de R$ 60 milhões, para melhor estruturação de 3.142 salas de vacina que já funcionam em unidades de saúde.
Números assustam
Último boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) mostra que no estado 42 registros ainda estão sendo apurados. Minas Gerais ainda não confirmou casos da doença, mas já são 169 registros suspeitos, sendo que 127 foram descartados por exames laboratoriais, e outros 42 ainda estão sendo investigados pela Fundação Ezequiel Dias (Funed). Em Belo Horizonte, foram 18 diagnósticos notificados.
Em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, uma das notificações é de uma criança de 7 meses, moradora do Bairro Chácara Bom Retiro. De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura local, o bebê já teve alta. O outro caso suspeito é de um paciente de 5 meses, que mora no Bairro Santa Rita. Ambos os casos estão sendo analisados pela Funed.
Segundo a administração de Nova Lima, assim que os casos foram notificados, foram realizadas visitas domiciliares para identificar todas as pessoas que tiveram contato com as duas crianças, além da avaliação do histórico vacinal de cada uma. “As pessoas próximas que não eram vacinadas receberam uma dose de bloqueio contra o sarampo no ato da visita”, informou a prefeitura.
A transmissão do sarampo pode ocorrer de uma pessoa para outra, por meio de secreções expelidas ao tossir, falar, espirrar ou até na respiração. O contágio pode se dar ainda por dispersão de gotículas no ar em ambientes fechados. Por isso, é considerada uma doença infecciosa viral extremamente contagiosa. Os principais sintomas são manchas avermelhadas em todo o corpo, febre alta, congestão nasal, tosse e olhos irritados, além de poder causar complicações graves, como encefalite, diarreia intensa, infecções de ouvido, pneumonia e até cegueira, sobretudo em crianças com problemas de nutrição e pacientes imunodeprimidos.".