Empinar pipas com cerol já é proibido em Belo Horizonte há 22 anos. Mas, agora, o uso da linha chilena, que é quatro vezes mais potente que a mistura de cola e vidro, também foi incluída na legislação. O prefeito Alexandre Kalil (PHS) sancionou a lei 11.125 que estipula multa de R$ 2 mil para quem for flagrado utilizando o material. A sanção foi publicado na edição desta quarta-feira do Diário Oficial do Município (DOM).
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A legislação determina que a fiscalização ficará a cargo de órgãos competentes da Prefeitura de Belo Horizonte e da Guarda Municipal. “O Executivo promoverá campanhas de esclarecimentos à população sobre os perigos do uso de "linha chilena" ou de substâncias cortantes em linhas de empinar pipas, papagaios e similares”, diz a lei. A norma será regulamentada no prazo de 90 dias.
Em julho deste ano, o Estado de Minas mostrou como o uso desses materiais são perigosos. Nos últimos nove anos, o uso do cerol ou da linha chilena fez com que a Grande BH registrasse pelo menos nove mortes, média de uma por ano.
Mas não é esse o único prejuízo provocado pelo material: até julho, aproximadamente 200 mil pessoas já tiveram que lidar com interrupções de energia provocadas por fios cortantes. E até mesmo o helicóptero do Corpo de Bombeiros foi atingido e está fora de combate por tempo indeterminado. O prejuízo é de pelo menos R$ 15 mil aos cofres públicos. .