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Estado de Minas

Auditoria vai apurar danos ambientais provocados por rompimentos em mineroduto

Um acordo foi firmado entre a Anglo American e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). A empresa vai arcar com os custos da apuração


postado em 31/08/2018 15:39 / atualizado em 31/08/2018 17:52

Dois rompimentos foram registrados no mineroduto, em Santo Antônio do Grama, na Zona da Mata, em menos de 20 dias(foto: Nucleo de Crimes Ambientais do MPMG/Divulgacao)
Dois rompimentos foram registrados no mineroduto, em Santo Antônio do Grama, na Zona da Mata, em menos de 20 dias (foto: Nucleo de Crimes Ambientais do MPMG/Divulgacao)

A Anglo American terá que arcar com os custos de uma auditoria independente para a identificação dos impactos ambientais provocados pelos dois rompimentos do mineroduto Minas-Rio, em março deste ano, em Santo Antônio do Grama, na Região da Zona da Mata mineira. Um termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi firmado entre a empresa e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) nessa quinta-feira.

De acordo com o MPMG, a auditoria será realizada pela Ramboll Brasil Engenharia e Consultoria Ambiental. Ficou acordado que a Anglo American terá que determinar medidas a serem tomadas para a devida restauração e proteção da saúde humana. A empresa terá, ainda, que efetuar ações preventivas para evitar novos danos ambientais.

As causas do rompimento do mineroduto estão sendo apuradas pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo S/A (IPT). Também está sendo analisada, na auditoria, “a dinâmica dos processos e condições de operação e de manutenção dos equipamentos e dos sistemas de controle de poluição, além da avaliação de riscos de acidentes e dos planos de contingências para proteção dos trabalhadores e da população situada na área de influência”, informou o MPMG.

Os vazamentos aconteceram março deste ano. No dia 12 daquele mês, a tubulação da empresa, que transporta a produção de minério de ferro de Minas Gerais para o Rio de Janeiro, se rompeu na zona rural de Santo Antônio do Grama e provocou danos ambientais. Aproximadamente
sete quilômetros dos rios Santo Antônio e Rio Casca foram afetados pela polpa de minério (composto por 70% de minério e 30% de água).  Por causa disso, o abastecimento de água foi interrompido por três dias.

Menos de 20 dias depois, um novo aconteceu. A polpa de minério vazou entre cinco e oito minutos. Ele aconteceu a aproximadamente 200 metros do local da primeira ruptura. O Núcleo de Combate aos Crimes Ambientais (Nucrim) fez uma análise na região e constatou o vazamento de 647 toneladas de material. A polpa de minério atingiu toda a extensão do ribeirão Santo Antônio, em um percurso de calha de aproximadamente 21 quilômetros, até a desembocadura no rio Casca.

Por meio de nota, a Anglo American informou que iniciou a recuperação do córrego Santo Antônio do Grama “imediatamente após o vazamento, ocorrido no dia 12/3”. “Esse trabalho foi concluído em 31/05. Vistoria final realizada pelo Núcleo de Emergências Ambientais (NEA) da Semad/MG atestou que o processo de limpeza foi concluído satisfatoriamente”, disse.


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