A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) decidiu tomar algumas medidas contra assédios após denúncias de casos no Câmpus Saúde. Uma solicitação foi feita pela Universidade ao Coletivo Alzira Reis, que trouxe à tona os relatos por meio de uma página no Facebook, para que as vítimas façam a denúncia formal nas unidades. Disponibilizou ajuda às estudantes agredidas e, além disso, vai fazem uma campanha de conscientização sobre assédio sexual. Indicou, também, que vai tomar “todas as atitudes cabíveis” para punir e coibir os agressores.
Os relatos de assédios foram divulgados na última semana. O coletivo de mulheres Alzira Reis abriu um formulário no Facebook para que mulheres relatem casos de assédio sofridos dentro da UFMG, no Câmpus Saúde. A denúncia pode ser feita por qualquer servidor, aluno ou outro envolvido. Segundo o coletivo, já foram recebidas 100 denúncias em uma semana, sendo 5 relatos de estupro.
Nessa sexta-feira, uma reunião foi realizada entre integrantes da UFMG, representantes do Coletivo Alzira Reis, residentes do Hospital das Clínicas e estudantes dos diretórios acadêmicos dos cursos de Medicina, Fonoaudiologia, Enfermagem, Nutrição, Gestão de Serviços de Saúde, Tecnologia em Radiologia. No encontro, foram definidas algumas medidas para conter os assédios.
Por meio de nota, a UFMG informou que o Coletivo Alzira Reis vai solicitar que as vítimas denunciem, formalmente, os abusos junto às unidades onde os casos aconteceram. O Ambulatório de Violência Contra a Mulher da UFMG, localizado no Hospital das Clínicas, foi disponibilizado para atender as pessoas que necessitarem de atenção médica e acolhimento.
Dentro das ações, será criado um grupo de trabalho para analisar e propor os encaminhamentos cabíveis das denúncias formalizadas. “Ele será composto por representantes dos professores, funcionários, do Coletivo Alzira Reis, além de um estudante por Unidade representando os diretórios acadêmicos”, disse a UFMG. “O câmpus Saúde realizará campanha de conscientização sobre o assédio sexual e moral em suas unidades e dependências, além de estimular que as vítimas denunciem seus agressores e propor, junto à Reitoria da UFMG, que essa ação seja ampliada para toda a Universidade”, completou. Por fim, será proposto à Reitoria a criação de um serviço de ouvidoria no câmpus Saúde.