O protagonista dessa façanha é o comerciante George Dias, de 52 anos, do município de Jaíba, no Norte do estado. No último fim de semana, ele fisgou no anzol um pirarucu, com peso de 43 quilos e 1,65 metro de comprimento. Ele pescava em uma pequena barragem, em uma propriedade particular, na zona rural de Mato Verde, na mesma região.
George explica que, há quatro anos, o dono da propriedade adquiriu uma quantidade de alevinos e exemplares da espécie em tamanho juvenil, que foram lançados dentro do reservatório. “Mas, até então, ninguém tinha conseguido pescar o pirarucu no lugar”, informou o comerciante.
O pirarucu é a maior espécie dos rios da Amazônia – pode chegar até 200 quilos e três de comprimento. O peixe passou a sofrer ameaça de extinção na Amazônia, pelo fato ser, muitas vezes, pescado ainda na fase juvenil. Há alguns anos, a espécie passou a ser reproduzida em criatórios, com a comercialização de alevinos e do peixe em tamanho juvenil – a compra pode ser feita até pela internet.
George Dias conta que, atendendo a convite do dono da propriedade, foi pescar na barragem no município de Mato Verde, no último fim de semana. Ele disse que tomou conhecimento de que tinha barragem – que, com a ação do tempo, ganhou aspecto de uma lagoa – tinha várias espécies de peixes oriundos de criatórios de alevinos, como tambaqui, curinga e o pirarucu. A lagoa onde ocorreu a façanha tem o volume mantido no período critico da seca com o “auxilio” da água captada em um poço tubular de alta vazão.
O comerciante afirma não esperava fisgar o grande peixe do rios da Amazônia. “Pra mim, realmente foi uma surpresa. Pois ninguém nunca tinha conseguido pegar o pirarucu no lugar. Todo mundo ficou admirado com o tamanho do peixe”, declara George, que usou isca viva (tilápia) para atrair o peixe no anzol. Ele conta ainda que demorou 22 minutos para conseguir retirar o pirarucu de dentro d água. Para isso, precisou da ajuda dos amigos, devido ao peso e comprimento do peixe.
George revelou ainda que pesca há mais de 40 anos no Rio São Francisco e em outros afluentes da bácia no Norte de Minas e na Bahia. Ele acrescenta que, ate então, o maior peixe que tinha fisgado no anzol foi um surubi de 15 quilos, no Velho Chico, há oito anos.