Atenção dobrada na preservação do patrimônio. Dois altares, um do século 18, outro do início do 19, são alvo de cuidados em Santa Luzia, cidade com história tricentenária, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O primeiro, na capela-mor do santuário dedicado à padroeira, já tem um projeto de restauração aprovado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha), órgão responsável pelo tombamento do Centro Histórico, e busca de recursos. A iniciativa para o serviço partiu do padre Danil Marcelo dos Santos, responsável pela mobilização para conseguir arrecadar R$ 700 mil, via Lei Rouanet. “Lutamos para conservar o santuário. O último restauro do altar, que guarda a imagem de Santa Luzia e se transforma em calvário durante a Semana Santa, ocorreu há 30 anos”, disse o religioso.
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Conforme as pesquisas, a fazenda onde se encontrava o altar de 3,5 metros de altura e características ornamentais do período D. João V, pertenceu aos antepassados de Mariinha Moreira, e teria havido um acordo para que a peça principal da primitiva Capela de Nossa Senhora do Rosário fosse transferida.
FACHADA Enquanto ocorre o restauro do altar da capela, o prédio do São Jerônimo está cheirando a tinta nova, reluzindo nas cores tradicionais azul e branco da fachada. O serviço resulta de um termo de ajustamento de conduta (TAC) celebrado pelo Ministério Público de Minas Gerais, por meio do promotor de Justiça da comarca, Marcos Paulo de Souza Miranda, e um empresário, na forma de medida compensatória. Além da pintura, foram contemplados consertos no reboco, nas instalações elétricas e instalação de placas de identificação dentro do padrão lega.
Além de missas e outras cerimônias, a capela do Instituto São Jerônimo se torna fundamental para o ensaio de três corais: o Mater Ecclesiae, Regina Coeli e Angelis. “A acústica é muito boa, daí a importância do espaço não só para a religiosidade como também para a cultura”, afirma Elizabete. Por enquanto, as atividades artísticas estão concentradas numa sala ao lado do singelo templo.
DOIS TEMPOS DA FÉ
1 - No Santuário de Santa Luzia, na Praça da Matriz, a mobilização para restaurar o altar do século 18. O projeto está aprovado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha) e os recursos serão obtidos via Lei Rouanet
2 - A capela do Instituto São Jerônimo abriga o altar, do início do século 19, que pertenceu à Fazenda da Baronesa e foi transferido para o singelo templo na década de 1940. Equipe de voluntários trabalha no local e os recursos para compra do material são fruto de doações
Nos dois casos, que quiser colaborar pode mandar e-mail para associacaoculturalsantaluzia@gmail.com.