A comarca do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) em Juiz de Fora, na Zona da Mata, condenou Crisjhonny Ferreira da Silva por homicídio duplamente qualificado e roubo contra o policial civil Roberto Carlos Maciel. Com isso, ele terá que cumprir 13 anos de prisão em regime fechado, sem direito de recorrer em liberdade.
O julgamento ocorreu nessa segunda-feira no Tribunal do Júri do Fórum Benjamim Colucci, localizado na cidade mineira. A sentença durou cerca de duas horas.
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"Fiz um pacto satânico e entreguei a vida ao diabo", revela suspeito de matar policial civilAssassino usa sangue de policial civil para deixar mensagem macabra na paredePolicial civil foi enterrado hoje em Juiz de ForaMinas tem quatro tipos sanguíneos em alerta por baixa em estoque; veja onde doarSuspeito de cometer abusos sexuais é assassinado em Ribeirão das Neves, na Grande BHO crime aconteceu em março de 2016, quando Ferreira da Silva deu 20 facadas e dois tiros no subinspetor da Polícia Civil, no apartamento dele. Além das agressões, ele usou o sangue da vítima para escrever a mensagem 'Lúcifer Sete Fadas' em uma parede. Ele também roubou o carro, uma pistola calibre 380, um coldre, uma carteira de policial e uma bolsa com documentos da casa do subinspetor.
O ato se deu em uma terça-feira, mas o corpo somente foi descoberto no sábado, depois que vizinhos sentiram um cheiro forte vindo do imóvel. A dupla se relacionava sexualmente e se conheciam há três meses.
A motivação de Crisjhonny, segundo investigações desempenhadas na época, partiu de um latrocínio (roubo seguido de morte). Ele confessou o crime e já era investigado por outros crimes, como roubo, furto, apropriação indébita e comunicação falsa de crime.
Em depoimento dado na época, a delegada regional de Juiz de Fora, Patrícia Ribeiro, contou detalhes do depoimento de Crisjhonny. O condenado afirmou, segundo a delegada, que o policial e ele chegaram ao apartamento da vítima, voltando de um bar, e que o subinspetor tomou um remédio para dormir e ficou sonolento na noite do crime.
Nesse momento, ele teria ido à cozinha e pegado uma faca. Ele teria afirmado que somente se lembrava de ter dado o primeiro golpe na vítima e que quando recobrou a consciência o policial já estava morto e a frase escrita na parede com sangue.
Ainda segundo a delegada, Crisjhonny contou que vendeu a pistola roubada por R$ 3 mil e que escondeu parte do material na casa dele em Juiz de Fora, onde a polícia encontrou o distintivo e a carteira de policial da vítima, uma algema e um coldre. Um segundo suspeito foi preso por receptação da arma.
De acordo com a delegada, ele alegou que não fez uso de substâncias entorpecentes na madrugada do crime e que foi consciente à cozinha apanhar a faca. “A partir do primeiro golpe é que ele alega que perdeu a consciência. Disse que (ele e a vítima) consumiram bebida alcoólica na rua antes de irem para casa”, disse Patrícia. Segundo ela, o acusado também confessou ter levado uma bolsa com alguns papéis da casa da vítima e que queimou tudo em um terreno antes de fugir para Barbacena, onde foi preso. (Com informações de Cristiane Silva)
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