A grande maioria das famílias de Paracatu de Baixo, distrito de Mariana atingido pela lama de rejeitos da barragem de Fundão, aprovaram o projeto urbanístico que pretende recuperar a área degradada. Segundo dados da Fundação Renova, entidade criada para gerir as políticas de recuperação, 97% dos presentes votaram a favor do projeto.
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Tragédia de Mariana: audiência discute lista de danos ainda não reconhecidosÁrea denominada Lucila é escolhida para reconstrução de Paracatu de BaixoFamílias de Paracatu de Baixo vão conhecer áreas para reconstrução do subdistrito de MarianaPrefeitura de Mariana concede licença para instalação de canteiro de obras em Paracatu de BaixoIgreja que resistiu ao desastre de Mariana é tombadaPromotoria propõe 'pacote de indenizações' por danos provocados pela tragédia de MarianaO projeto pretende preservar, ao máximo, as características originais de Paracatu de Baixo, conforme a Renova. A escolha pelo terreno “Lucila” partiu da comunidade. A área tem 390 hectares e a construção vai ocupar 65 hectares.
Contudo, ainda faltam alguns passos para as máquinas começarem a funcionar. O principal desafio é alterar o Plano Diretor de Mariana, pois não se permite o parcelamento do solo. Por isso, uma audiência pública vai debater a criação de leis que possibilitem a divisão do terreno em lotes. Segundo a Renova, as tratativas estão em curso com a Prefeitura de Mariana e Câmara dos Vereadores da cidade.
Após a aprovação, engenheiros começarão o detalhamento do projeto, que compõe a documentação necessária aos licenciamentos ambiental e urbanístico. Eles serão regularizados junto à Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Mariana, com participação da Secretaria de Estado de Cidades e de Integração Regional (Secir) e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semad). Além disso, também será necessária a obtenção do alvará de urbanização.
A votação foi secreta, por meio de cédula individual depositada em uma urna. Para que o projeto fosse aprovado, a Fundação Renova precisava de 80% dos núcleos familiares a favor do licenciamento.
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