O desmatamento do que resta da Mata Atlântica em Minas Gerais continua sem freios. Balanço parcial apurado pelo Núcleo de Combate aos Crimes Ambientais (Nucrim), filiado ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), mostram que 600 hectares da floresta já deixaram de existir no estado.
O levantamento faz parte da Operação Mata Atlântica em Pé, desencadeada em todo o Brasil. A força-tarefa tem como objetivo punir os responsáveis pela prática. No Brasil, há apenas aproximadamente 10% de remanescentes desse tipo de floresta
Segundo o Nucrim, até o momento foram fiscalizadas 35 propriedades no estado. Elas estão situadas em cinco municípios, entre eles Águas Vermelhas e Curral de Dentro, na Região Norte do estado, e Pedra Azul, no Baixo Jequitinhonha.
Durante os trabalhos, três pessoas foram presas, segundo o MPMG. Além disso, foram aplicadas multas que somam R$ 3 milhões e lavrados 28 autos de infração ambiental. Quatro armas de fogo, uma arma branca, 2.164 metros cúbicos de lenha e uma quantidade indeterminada de carvão também foram apreendidos.
Em Minas Gerais, é prevista a realização de vistoria em 175 polígonos, englobando mais de três mil hectares de área desmatada. No estado, o MP conta com o apoio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Ibama e Polícia Militar de Meio Ambiente.
A operação envolve Ministérios Públicos e órgãos ambientais de 15 estados. Até esta quinta-feira, o desmatamento identificado alcançou 2.890 hectares da Mata Atlântica em 282 propriedades. Foram apreendidos 5.089 metros cúbicos de madeira e emitidas multas no valor total de R$ 12.942.667.
O bioma da Mata Atlântica está presente em 17 estados brasileiros e cobre (em sua extensão original) cerca de 13% do território nacional, onde vivem aproximadamente 140 milhões de pessoas.
Com informações do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG)