Mariana - Na estrada que liga a MG-129 ao assentamento de Novo Bento Rodrigues, em Mariana, o movimento de maquinário e operários já é intenso. A antiga reserva de eucaliptos, já com alguma recomposição de mata atlântica, pertencia à Arcelor Mittal e foi adquirida pela Fundação Renova para receber 225 famílias originárias de Bento Rodrigues, o subdistrito mais devastado pelo rompimento da Barragem do Fundão, em 2015.
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Ação coletiva de atingidos por tragédia pode não contemplar direitos específicosQuase três anos após tragédia de Mariana, atingidos podem ter direito prescritoAo longo da estrada de terra, uma grande faixa vegetal já foi derrubada para dar lugar à estrutura da estrada e de suas drenagens e acostamentos, com a lenha produzida sendo estocada em pilhas por carregadeiras mecânicas. Aos poucos, clareiras vão surgindo na mata nos locais onde máquinas pesadas abrem caminho para o novo povoado de Mariana. De acordo com a Fundação Renova, a supressão vegetal do terreno e a terraplenagem preparam o local para a composição dos lotes, das ruas principais e obras de infraestrutura.
As obras do reassentamento tiveram início logo após a emissão do alvará de construção pela Secretaria Municipal de Obras da Prefeitura de Mariana, em 1º de agosto. Os canteiros de obras da Fundação Renova e da empresa de infraestrutura foram concluídos. O efetivo de operários, técnicos e de outros colaboradores chega a 345, distribuídos em 16 empresas. O índice de contratação de mão de obra local é de 83% e estima-se a geração de 2 mil postos de trabalho. Trafegam pelo local 25 caminhões e 16 outros veículos, além de oito escavadeiras, uma havester (espécie de colheitadeira usada no corte de árvores), três motoniveladoras, quatro ônibus, cinco tratores e três vans.
“Todas as casas serão entregues de uma só vez, a pedido dos moradores.