“Com as outras pessoas, às vezes, as esposas são muito gentis e muito educadas, mas, com o marido – que deveriam ser (gentis e educadas), às vezes, elas deixam muito a desejar. Então, isso é um recado para todas as esposas: cuidar e carinhar o seu esposo e ter um bom diálogo- e não agressividade”, afirmou o homem.
Além disso, ele negou que não estivesse usando a “recomendação” para justificar o homicídio. “Não estou justificando o crime. Isso é injustificável”, declarou.
O crime
De acordo com vizinhos, o casal, que estava em processo de separação, vivia em constantes desavenças e Calcivo seria agressivo com a mulher, Elaine Figueiredo Lacerda, de 61 anos, não aceitando a separação.
O Estado de Minas teve acesso de boletim de ocorrência datado de 15 de outubro de 2015, no qual Elaine relatou ser vítima de agressões e ameaças por parte do companheiro. Na ocasião, também foi informado que o casal já tinha iniciado o processo de divórcio.
No entanto, na delegacia, nesta segunda-feira, Calcivo negou a violência. Perguntado se era carinhosa com a mulher, ele respondeu: “Fiz tudo para ela. Tanto é que tivemos 35 anos de união estável. Nunca nos separamos. Nunca tive outra esposa”, garantiu.
Apesar da violência usada contra a vítima, que foi atingida por vários disparos, o homem elogiou a mulher assassinada por ele. “(Ela) foi uma pessoa com quem convivi 35 anos. Era uma pessoa maravilhosa”. Questionado se pediria perdão à família de Elaine, ele respondeu: ”a família dela é minha família, meus filhos, os pais dela” Cacivo ainda confessou estar muito arrependido. “Arrependimento total”, afirmou.